UE debate controle de fronteiras para conter avanço da Covid
Segundo fontes europeias, a meta é manter as fronteiras abertas, mas com um maior controle.
"Apoiamos as propostas alemãs para os controles mais rigorosos nas fronteiras e a obrigatoriedade de testes para manter distantes as variantes dos vírus", escreveu o chanceler da Áustria, Sebastian Kurz, em seu Twitter durante uma pausa do encontro.
Pouco antes do encontro, a Agência Europeia para Controle e Prevenção de Doenças (ECDC) publicou uma nota em que recomenda a introdução de novas regras mais rígidas para impedir o avanço das mutações do vírus entre os países.
O comunicado segue na linha do que a chanceler alemã, Angela Merkel, vem defendendo com seus pares europeus para que seja feito um alinhamento sobre os controles de fronteira, incluindo testes e quarentena obrigatórios.
A ideia de Merkel já teria recebido apoio da França, Países Baixos, Bélgica e também da Áustria, como Kurz ressaltou. No entanto, os países "mais turísticos", como Grécia, Espanha e Malta, estão preocupados que tal medida afetaria ainda mais o setor, já duramente abalado por conta das restrições em 2020.
Porém, fontes europeias afirmam que haverá maioria para incluir regras novas.
Vacinação - Outro ponto discutido foi o andamento da vacinação, com os atrasos da Pfizer e as possíveis aprovações das vacinas Sputnik V, desenvolvida pelos russos do Instituto Gamaleya de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia, e da AZD 1222, da Universidade de Oxford/AstraZeneca.
Essa última, inclusive, é a esperança para uma aceleração dos programas de vacinação nacionais, já que demanda menos problemas de logística que as demais. Até o momento, a UE aplica os imunizantes da Pfizer/BioNTech e da Moderna.
Ainda na questão da vacinação, há o debate sobre um possível "passaporte sanitário" para quem já foi imunizado.
Testes rápidos - Uma aprovação dos líderes europeus, feita por unanimidade, foi em relação à recomendação que estabelece um cenário comum para o uso de testes rápidos com antígeno e o reconhecimento recíproco dos resultados desses exames em toda a União Europeia.
Alguns países ainda exigiam o teste RT-PCR, que tem uma maior assertividade na detecção do novo coronavírus, mas que é mais caro e demora mais tempo para ficar pronto.
Conforme os líderes, esse é um instrumento central para ajudar a mitigar a difusão do coronavírus e contribuir para um bom funcionamento do mercado interno. (ANSA).
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