Syngenta planeja maior IPO do setor químico global
(Bloomberg) -- A China National Chemical prepara uma oferta inicial de ações da Syngenta, a fabricante de agroquímicos suíça adquirida por US$ 43 bilhões. Se os planos forem em frente, será o maior IPO do setor químico de todos os tempos, disseram pessoas com conhecimento do assunto.
Executivos do alto escalão iniciaram os trabalhos internos para que a listagem ocorra em meados de 2020, disseram as pessoas. A Syngenta está negociando com bancos de investimento interessados em coordenar a oferta, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas porque as informações são confidenciais.
A empresa provavelmente escolherá a Europa para o IPO, que teria preferência em relação às bolsas de Hong Kong ou Nova York, segundo as fontes.
A ChemChina fechou a compra da Syngenta em 2017, o que marcou a maior aquisição de uma empresa chinesa no exterior. O negócio transformou a estatal ChemChina em uma concorrente de peso no mercado global de agroquímicos, mas também deixou a empresa atolada em dívidas. A companhia chinesa havia dito que planejava listar a Syngenta novamente num prazo de quatro a cinco anos.
"Com a expectativa de que faremos o IPO até 2022, é natural que o planejamento tenha começado para que estejamos preparados para avançar no momento certo, quando o mercado for favorável e demonstrarmos o forte desempenho necessário para garantir um valuation premium", disse o diretor financeiro da Syngenta, Mark Patrick, em comunicado em resposta às perguntas da Bloomberg.
Nenhuma decisão final foi tomada e a oferta de ações pode ser adiada, disseram as pessoas. O setor químico agrícola tem enfrentado um período de desaceleração. A BASF alertou no mês passado que o lucro de 2019 vai ficar abaixo das expectativas da empresa devido ao desaquecimento da demanda e ao impacto dos conflitos comerciais.
O prazo para o IPO também pode ser afetado pelo plano do governo chinês de unir as operações da ChemChina e da rival estatal Sinochem, disseram as pessoas. Uma porta-voz da ChemChina não respondeu imediatamente a uma mensagem de texto e e-mail pedindo comentários.
Representantes da ChemChina e da Sinochem concluíram os preparativos para a fusão, que reformularia o setor e criaria uma empresa de petróleo e produtos químicos com mais de US$ 100 bilhões em ativos, informou a Bloomberg News em dezembro. Frank Ning, que comanda as duas empresas, estuda possíveis vendas de ativos depois que as autoridades chinesas concederam aprovação preliminar para a fusão, disseram pessoas com conhecimento do assunto.
--Com a colaboração de Andrew Noël e Sarah Chen.
To contact Bloomberg News staff for this story: Dinesh Nair em Londres, dnair5@bloomberg.net;Manuel Baigorri em Hong Kong, mbaigorri@bloomberg.net;Vinicy Chan em N York, vchan91@bloomberg.net;Steven Yang em Beijing, kyang74@bloomberg.net;Jan-Henrik Foerster em Zurich, jforster20@bloomberg.net
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