Manifestações pró-palestinos abalam universidades de Washington a Amsterdã
AMSTERDÃO (Reuters) - A polícia holandesa entrou em conflito com manifestantes da Universidade de Amsterdã nesta quarta-feira, enquanto outras dezenas de pessoas foram presas nos EUA durante a noite, com os protestos liderados por estudantes contra a guerra de Israel em Gaza abalando campus universitários nos dois lados do Atlântico.
Em Amsterdã, manifestantes em cima de barreiras improvisadas de carteiras, tijolos e paletes de madeira usaram extintores de incêndio para afastar a polícia, segundo imagens de emissoras de televisão locais. Um vídeo da Reuters mostrou policiais atingindo manifestantes na cabeça com cassetetes, derrubando as barricadas e arrastando muitos jovens estudantes para longe, enquanto outros centenas gritavam “Vergonha!”.
O conflito sublinhou as tensões cada vez maiores em campus europeus, após semanas de inquietações em dezenas de universidades norte-americanas, com os estudantes pedindo um cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas.
Na Universidade George Washington, em Washington D.C., a polícia desarmou tendas, usou gás de pimenta e dispersou manifestantes do campus e das ruas próximas, a alguns quarteirões da Casa Branca.
Trinta e três pessoas foram presas, segundo a polícia. A chefe da Polícia Metropolitana, Pamela Smith, disse em uma entrevista coletiva que as autoridades identificaram uma “escalada" nos protestos nos últimos dias, o que levou a polícia e a universidade a tomarem a decisão de remover o acampamento.
Na Universidade de Massachusetts, em Amherst, a polícia prendeu mais de 130 pessoas e removeu um acampamento após o reitor da universidade, Javier Reyes, dizer que havia convocado a polícia como “um último recurso”.
Em Nova York, a polícia prendeu dezenas de manifestantes no Fashion Institute of Technology, segundo um vídeo publicado nas redes sociais.
(Reportagem de Anthony Deutsch, Bart Meijer, Kate Holton e Charlotte Van Campenhout em Amsterdã, Rich McKay em Atlanta, Jonathan Allen em Nova York, Joseph Ax em Princeton, Nova Jérsei, e Graham Fahy em Dublin)
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