Houthis e coalizão árabe trocam ataques em dia de tensão no Iêmen
Cairo, 20 jul (EFE).- Os rebeldes houthis que dominam parte do Iêmen e a coalizão liderada pela Arábia Saudita que tenta expulsá-los do país vizinho anunciaram neste sábado que realizaram vários ataques para tentar minar as posições do inimigos no conflito.
Um drone houthi atacou radares e outras posições militares no interior da base rei Khalid, na cidade de Khamis Mushait, no sul da Arábia Saudita, de acordo com a emissora "Al Masira", ligada aos rebeldes xiitas.
Já o porta-voz da coalizão liderada pela Arábia Saudita, coronel Turki al Maliki, anunciou pouco depois o início de uma operação para destruir cinco posições de defesa aérea e outra de armazenamento de mísseis balísticos dos houthis na província de Sana.
Segundo o coronel, os alvos do ataque representavam uma "ameaça direta" para as aeronaves da ONU que circulam na região, o tráfego aéreo em geral e a sobrevivência dos civis.
Também hoje, a coalizão interceptou e derrubou um drone dos rebeldes que ia para a região civil da cidade de Abha, próxima a Khamis Mushait.
"Enquanto as milícias (houthis) continuam com suas tentativas terroristas fracassadas de atacar instalações e pessoal civil, o comando das Forças Conjuntas da Coalizão adotará medidas para paralisar e neutralizar suas capacidades hostis", afirmou o coronel à agência saudita "SPA".
Os ataques com drones contra aeroportos e alvos militares sauditas têm sido comuns por parte dos houthis. Normalmente, a coalizão responde bombardeando áreas na província de Sana, onde fica a capital do Iêmen, de mesmo nome, controlada pelos houthis.
A última operação da coalizão saudita ocorreu nesta semana, coincidindo com uma visita do enviado especial da ONU para o Iêmen, Martin Griffiths.
O conflito começou no fim de 2014, quando os rebeldes houthis ocuparam Sana e expulsaram o então presidente do Iêmen, Abdo Rabbo Mansour Hadi, hoje exiliado na Arábia Saudita.
Os sauditas e outros países da região decidiram intervir militarmente no país em março de 2015 para tentar derrubar os houthis, que são apoiados pelo Irã, e recolocar o presidente exilado no poder. EFE
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