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Queiroz diz que redistribuiu salários para ampliar gabinete de F. Bolsonaro

Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, durante entrevista ao SBT em dezembro de 2018 - Reprodução/SBT
Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, durante entrevista ao SBT em dezembro de 2018 Imagem: Reprodução/SBT

Do BOL, em São Paulo

01/03/2019 11h10

Em uma petição enviada ao Ministério Público do Rio de Janeiro, o ex-policial militar Fabrício Queiroz afirmou que recolhia parte dos salários dos funcionários do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), hoje senador, para distribuir a pessoas que trabalhavam para o parlamentar de maneira informal, de acordo com reportagem da Folha de S.Paulo.

Segundo Queiroz, o objetivo da prática era ter mais assessores trabalhando para Flávio, o que supostamente aproximaria o congressista de sua base eleitoral. No documento, o ex-assessor afirma que o parlamentar não tinha conhecimento do que o ex-policial militar chama de "mecanismo". Flávio Bolsonaro ainda não se manifestou sobre as declarações de Fabrício Queiroz.

Na petição, o ex-assessor chama a prática de "desconcentração de remuneração". Ainda de acordo com ele, todos os funcionários que assumiam cargos no gabinete de Flávio sabiam antecipadamente que parte dos salários seria devolvida, com o objetivo de remunerar os tais funcionários que não entravam na folha salarial da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). Ele prometeu revelar os nomes dos assessores pagos de maneira informal.

Multiplicação de parlamentares

Queiroz ainda afirma no documento que discorda que a prática seja considerada ilegal, pois tinha como objetivo "multiplicar e refinar os meios de escuta da população por um parlamentar". Sobre os repasses de salário quase integrais que sua mulher e sua filha, também funcionárias da Alerj, faziam para sua conta, o ex-assessor justificou que era o responsável por "administrar o essencial das finanças de seu núcleo familiar".

O caso é alvo de investigação criminal do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), que identificou nas contas de Queiroz movimentações atípicas que totalizam R$ 1,2 milhão, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.

(Com informações da Folha de S.Paulo)

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