Moscou registra o máximo diário de casos desde o começa da pandemia
Diante do aumento alarmante de infecções na capital russa, a Câmara Municipal ordenou a vacinação obrigatória de pelo menos 60% dos funcionários do setor de serviços e endureceu outras medidas de saúde.
Nas últimas 24 horas, foram detectados em todo o país 17.262 novos casos da covid-19 e 450 mortes em decorrência da doença, sendo 78 deles na capital.
Além de Moscou, três outras entidades da Federação Russa decretaram a vacinação obrigatória para algumas categorias de cidadãos: a província de Moscou e as regiões de Kemerovo e Sakhalin.
A vice-prefeita da capital russa para o Desenvolvimento Social, Anastasia Rakova, declarou hoje que durante a quinta-feira o número de moscovitas que agendaram a vacinação foi multiplicado por quatro.
Até esta quarta-feira, as autoridades russas, incluindo o presidente Vladimir Putin, insistiam no caráter voluntário da vacinação contra a covid-19.
Embora a Rússia tenha quatro vacinas locais - as de duas doses Sputnik V, EpiVacCorona e CoviVac, e a de dose única Sputnik Light - a campanha de vacinação no país está progredindo lentamente, principalmente devido à relutância de população a ser vacinada.
Uma pesquisa realizada em maio passado pelo Levada Center revelou que 62% dos russos não querem ser vacinados com a Sputnik V, principal imunizante utilizado na campanha de vacinação e que, segundo seus desenvolvedores, tem 97% de eficácia.
Segundo estatísticas oficiais, a Rússia acumula 5.281.309 casos de covid-19 e 128.445 mortes por essa doença, e é o sexto país do mundo em número de infecções, atrás de Estados Unidos, Índia, Brasil, França e Turquia.
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