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Kennedy Alencar: Ou Wajngarten mentiu para a 'Veja' ou está mentindo à CPI

do UOL

Do UOL, em São Paulo

12/05/2021 13h04Atualizada em 12/05/2021 14h26

O colunista do UOL Kennedy Alencar afirmou, em participação no UOL News na tarde de hoje, que o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fábio Wajngarten mentiu, mas que não se sabe se as mentiras foram ditas à CPI da Covid ou à revista "Veja".

Wajngarten foi convocado a depor na CPI da Covid após afirmar à revista, entre outras coisas, que o Ministério da Saúde, sob a gestão do general Eduardo Pazuello, foi "incompetente" e "ineficiente" nas negociações para compra de vacinas da Pfizer ainda no ano passado. À comissão, o ex-secretário contradisse essas declarações.

Ou Fábio Wajngarten mentiu na entrevista à revista Veja ou está mentindo agora na CPI, porque está negando, inclusive, ataques que fez ao Pazuello e ao ministério
Kennedy Alencar, colunista do UOL

Diante das declarações divergentes de Wajngarten, o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), pediu para que o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), requisite os áudios da entrevista do ex-secretário à "Veja" para verificar "quem está mentindo".

Caso seja constatado que Wajngarten mentiu à CPI, Calheiros disse que iria pedir a prisão do ex-secretário. Por depor na condição de testemunha, o publicitário está sob juramento e não pode se abster das respostas.

"Se ele mentiu à revista Veja e a esta comissão, eu vou requerer à vossa excelência [ao presidente da CPI, Omar Aziz], na forma da legislação processual, a prisão do depoente", disse o relator.

Prova contra o governo

Apesar de ter tentado preservar a imagem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o depoimento de Wajngarten produziu uma prova importante contra o governo, disse Alencar no UOL News.

O ex-secretário confirmou à CPI que não houve resposta do Ministério da Saúde a uma carta da farmacêutica Pfizer em que oferecia vacinas ao governo brasileiro, e que ele é quem teve de tomar a iniciativa de respondê-la com dois meses de atraso.

"Quando Fábio Wajngarten, que foi secretário de Comunicação, vem e fala que não houve, em dois meses, uma resposta à Pfizer, isso é uma produção de prova. Apesar da estratégia dele ter deixado os senadores irritados, ele deixou claro que, pelo menos, houve omissão do governo na questão da vacina", declarou.

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