Jovem pega 16 anos de prisão por deixar bebê sozinha com pacote de bolachas
Uma jovem de origem marroquina foi condenada a 16 anos de prisão por matar a própria filha, de 17 meses, por abandono. O caso aconteceu em Málaga, na Espanha.
Sara, de 23 anos, confessou ter deixado sua bebê sozinha em casa durante cerca de um mês, com apenas uma mamadeira e um pacote de bolachas. Segundo a polícia, a bebê morreu por volta do quinto dia. O caso ocorreu em 2018.
A juíza considerou Sara culpada de assassinato por abandono e abandono temporal de menores. "Sara vai assumir sua responsabilidade e cumprir muitos anos de prisão", disse seu advogado, segundo o jornal El País.
"Eu sinto muito, me arrependo muito", disse Sara no tribunal. Ela tinha 20 anos quando deixou a bebê sozinha em seu quarto, em cima da cama, fechou janela e portas e nunca mais voltou ao apartamento.
Durante o período, sempre que era questionada sobre o paradeiro da filha, ela afirmava que havia deixado aos cuidados de outra pessoa, sem informar quem era.
Desconfiados, os irmãos de Sara viajaram do Marrocos até a cidade espanhola para saber o que estava acontecendo. Primeiro ela afirmou que deixou a bebê aos cuidados de uma mulher. Depois, durante uma discussão, acabou confessando que a criança estava sozinha em casa havia mais de um mês.
A polícia e os irmãos de Sara arrombaram a porta e encontraram a bebê morta no chão, aos pés da cama. Havia cocaína, paracetamol e urina na cama, além de restos de comida, roupa suja e embalagens espalhados pela casa. Sara tentou fugir para a casa do namorado, onde foi presa.
A jovem se mudou para a Espanha em 2017, fugindo da pressão social pela gravidez indesejada e sem o apoio do pai da criança, que a violentava. Após o nascimento da filha, Camelia, ela começou a trabalhar como garçonete em uma discoteca, mantendo "intensa vida social e noturna", conforme diz a sentença.
Segundo os vizinhos, ela costumeiramente saía para trabalhar à noite e deixava a bebê sozinha durante horas. A criança chorava até a exaustão.
Os psiquiatras forenses não sabem o que se passou na cabeça da jovem durante o período. Especialistas falaram em "bloqueio temporal" e uma personalidade marcada por "imaturidade afetiva, egocentrismo, condutas narcisistas, incapacidade de autocrítica e impulsividade". Mas também foram relatados sinais de "arrependimento, sentimento de culpa e ansiedade".
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