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Novo primeiro-ministro japonês "determinado" a sediar as Olimpíadas apesar da pandemia

25/09/2020 20h34

Nações Unidas, Estados Unidos, 25 Set 2020 (AFP) - O Japão está "determinado" a sediar os adiados Jogos Olímpicos em 2021, apesar da pandemia do coronavírus, disse o recém-eleito primeiro-ministro do país, Yoshihide Suga, à Assembleia Geral das Nações Unidas nesta sexta-feira(25).

"No verão do próximo ano, o Japão está decidido a sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio como prova de que a humanidade derrotou a pandemia", disse Suga em seu primeiro discurso internacional desde que assumiu o cargo na semana passada.

"Não medirei esforços para dar as boas-vindas aos Jogos, que serão seguros e confiáveis", acrescentou o primeiro-ministro em uma mensagem de vídeo.

A evolução da pandemia de covid-19 no mundo obrigou em março a decisão histórica de adiar os Jogos.

Mas os contínuos surtos de infecção em todo o mundo alimentam as dúvidas sobre se será possível realizar o evento em 2021, com início em 23 de julho.

Os organizadores e autoridades olímpicas insistem que os Jogos prosseguem. Na sexta-feira, o vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional, John Coates, disse que os Jogos "têm que acontecer", citando o forte impacto que um cancelamento teria sobre os atletas.

No entanto, especialistas médicos alertaram que este grande evento internacional pode ser difícil de comemorar se a pandemia não estiver sob controle até o próximo verão (boreal).

No Japão, o entusiasmo pelos Jogos parece ter diminuído, com pesquisas nos últimos meses mostrando que apenas um em cada quatro japoneses quer que o evento seja disputado, enquanto a maioria apoia um novo adiamento ou cancelamento definitivo.

Os organizadores e autoridades olímpicas estão analisando uma longa e complexa lista de possíveis medidas preventivas para enfrentar o coronavírus, com as quais esperam organizar os Jogos mesmo que não haja vacina disponível até então.

Espera-se que essas medidas incluam testes regulares e rigorosos de atletas e a obrigação de serem vacinados se já existir uma vacina eficaz.

O adiamento também criou uma série de problemas logísticos e custos adicionais. Os organizadores estudam centenas de propostas de redução de custos, incluindo o corte de orçamentos para cerimônias de abertura e encerramento.

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