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Israel continua registrando mais de 1,5 mil casos diários de Covid-19

11/08/2020 12h51

Jerusalém, 11 ago (EFE).- Israel acima dos mil casos positivos diários do novo coronavírus, mantendo o risco de um retorno às restrições severas de circulação da população nas próximas semanas, com os pacientes em estado grave quase se triplicando em um mês.

Na segunda-feira, mais de 1,6 mil novas infecções e dez mortes por Covid-19, em um país de 9 milhões de habitantes, elevando o total de óbitos para 619 e mais de 85 mil casos.

Já são 381 pacientes internados em estado crítico, quase o triplo do número de um mês atrás e, deles, 110 estão ligados a respiradores, segundo o Ministério da Saúde israelense.

Muitos hospitais estão ficando saturados: leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e recursos para pacientes com outras patologias estão diminuindo, e o pessoal médico está cada vez mais sobrecarregado com a situação, de acordo com o jornal local "Haaretz".

O hospital Hadassah, em Jerusalém, um dos maiores do país, fechou seu pronto-socorro na seção de medicina geral para encaminhar seus funcionários para enfermarias de coronavírus.

Share Zedek, outro importante centro médico de Jerusalém, teve que enviar pacientes com Covid-19 a outros hospitais nas últimas semanas para manter espaço para tratar outros pacientes.

Os centros médicos localizados em áreas do país onde atualmente não há fontes de infecção também podem ficar saturados se essa tendência continuar.

Nesta segunda onda, "hospitais com mil leitos estão na sua capacidade máxima, com pacientes nos corredores", disse ao "Haaretz", Joseph Mendelovich, vice-diretor de medicina do Share Zedek.

Israel, que enfrentou restrições rápidas com o início da pandemia, superou sua primeira fase com impacto moderado, mas desde junho e após a reabertura de escolas, centros de lazer e restaurantes, enfrentou uma segunda onda com muito mais infecções.

Isso obrigou o governo israelense a impor novamente medidas restritivas, embora por ora tenha evitado voltar ao fechamento total a fim de atenuar o impacto na economia, que registra mais de 850 mil desempregados e 21% de desemprego, muito superior aos 3,3% de fevereiro. EFE

jma/phg

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