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Venezuela denunciará Guaidó na ONU por suposta ligação com paramilitares

21/09/2019 22h33

Caracas, 21 set (EFE).- A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, disse neste sábado que denunciará nas Nações Unidas a suposta ligação do chefe do Parlamento, Juan Guaidó, com o grupo grupo paramilitar colombiano "Los Rastrojos", além disso, levará mais de 13 milhões de assinaturas contra o "bloqueio" dos Estados Unidos.

"Há evidências da conexão entre a organização criminosa de Guaidó e o grupo 'Los Rastrojos' e o governo de Iván Duque", disse ao término de uma manifestação realizada pelo chavismo para apresentar 13.287.742 milhões de assinaturas à vice-presidência contra o bloqueio dos EUA aos bens estatais venezuelanos em seu território.

"Essas sérias denúncias, evidências e muitas outras coisas que levaremos às Nações Unidas", acrescentou Rodríguez, que viajará na próxima semana a Nova York, ao lado do ministro das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, para assistir, representando o presidente Nicolás Maduro, a Assembleia Geral da ONU.

Delcy Rodríguez recebeu mais de 13 milhões de assinaturas que o Governo coletou desde o mês passado, após o bloqueio ordenado pelo presidente americano, Donald Trump, e que foram transferidas até a vice-presidência pelos movimentos chavistas em uma manifestação que contou com a participação de milhares de simpatizantes.

Ela destacou que entre as assinaturas também existem as recolhidas pelo mundo, e agradeceu especialmente a Cuba, aliado político de Maduro, pelo apoio.

A vice-presidente acusou também aos EUA e a oposição de pretender "instaurar na Venezuela, através do grupo de Juan Guaidó, uma organização criminosa transnacional para entregar" os "recursos que pertencem ao povo venezuelano".

O governo de Maduro acusou Guaidó de ter supostos vínculos com "Los Rastrojos", depois que o presidente da Assembleia Nacional Constituinte de Chávez (ANC), Diosdado Cabello, divulgou em seu programa de televisão algumas fotos do oponente junto com supostos membros do grupo.

As fotos foram tiradas no final de fevereiro, um mês após Guaidó ter sido proclamado presidente encarregado da Venezuela, quando tentava chegar à Colômbia para coordenar a fracassada entrada de ajuda humanitária ao seu país.

Guaidó negou que conheça os criminosos e, se defendeu, afirmando que no dia que cruzou a fronteira tirou fotografias com "centenas" de pessoas. EFE

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