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É melhor alugar um carro ou andar de Uber, Cabify e afins?

Em viagens longas, alugar carro é recomendado; apps valem a pena em trajetos curtos - Estúdio Rebimboca/UOL
Em viagens longas, alugar carro é recomendado; apps valem a pena em trajetos curtos Imagem: Estúdio Rebimboca/UOL
do UOL

Marcelle Souza

Colaboração para o UOL, em São Paulo

17/09/2019 04h00

Sem tempo, irmão

  • Locação de veículo é mais interessante em caso de viagens acima de 40 km
  • Viagem de 80 km custaria cerca de R$ 140 na locação; via app, seria R$ 30 mais caro
  • Já para deslocamentos curtos em perímetros urbanos, apps valem mais no preço
  • Mas é preciso considerar roteiro, já que pode ser difícil solicitar carro pelo celular

Desde que os aplicativos de carona ficaram mais populares, muita gente tem deixado o carro próprio na garagem para se deslocar de forma mais prática nas grandes cidades. Mas às vezes surge a dúvida se essa é a melhor opção nas viagens de curta duração. Nessas situações, seria mais barato alugar um veículo ou usar apps de carona como Uber, Cabify e 99?

Colocando na ponta do lápis, o professor Júlio César Machado, coordenador do curso de ciências econômicas da Uninove (Universidade Nove de Julho), explica que a locação de veículo é mais interessante em caso de viagens, eventos especiais ou festas com deslocamentos acima de 40 km.

"A locação possibilita a comodidade de um veículo à disposição durante as 24 horas do dia, transporta em média até cinco passageiros e oferece seguro incluso", diz o professor.

Nesse caso, para um percurso de ida e volta (totalizando 80 km, por exemplo) é preciso considerar o valor da diária (R$ 104, em média, no caso de modelos mais básicos), e R$ 40 de gasolina. Segundo exemplo, o total ficaria R$ 144, sem contar gastos extras, como estacionamento.

A mesma viagem, se realizada via aplicativo (como Uber, Cabify ou 99), pode custar R$ 170 ida e volta, segundo o economista. "Já para deslocamentos curtos, menores do que 40 km, os aplicativos tornam-se bastante interessantes", afirma Machado.

Por isso, em perímetros urbanos, onde há mais oferta de carros de app e de sinal de internet, é melhor fazer o percurso no banco do passageiro.

"Os aplicativos são a opção mais barata e oferecem algumas vantagens, como agilidade, disponibilidade e flexibilidade. E nas grandes cidades ainda há opção de utilizá-lo em conjunto com o transporte público, como metrô, ônibus, bicicleta", diz Walter Franco Lopes da Silva, professor do curso de economia da Unicid (Universidade Cidade de São Paulo).

Além de fazer as contas e calcular a quilometragem, é preciso considerar ainda o roteiro da viagem, já que em alguns locais pode ser difícil solicitar um carro pelo aplicativo. E ter um veículo ajuda caso você precise fazer várias paradas no caminho.

Também é preciso levar em conta os horários de voos, do check-in e check-out do hotel, permissões e valores de estacionamento, número de passageiros, se há crianças pequenas ou pessoas com algum tipo de necessidade especial. Isso porque, em algum desses casos, o conforto e a disponibilidade do carro alugado superaram as vantagens do aplicativo.

Outra dica é checar com antecedência a disponibilidade de cartão de crédito e a validade da carteira de habilitação (documentos exigidos para o aluguel) e se a pessoa que vai dirigir pretende consumir bebida alcoólica (quando o app é a melhor opção).

E o carro próprio?

Comprar e manter um veículo na garagem pode ser algo custoso e caro, além da dor de cabeça nos dias de congestionamento. "Se colocarmos na ponta do lápis os custos envolvidos em cada uma das três opções [carro próprio, alugado ou app], certamente a aquisição de veículo seria a mais cara", explica professor de economia da Unicid.

Isso porque a compra de um carro demanda um alto investimento inicial e, em caso de financiamento, ainda é preciso levar em conta o valor dos juros. Além disso, há encargos como licenciamento e seguro, e gastos com combustível e estacionamento. Sem falar que o veículo perde valor de um ano para o outro.

Por outro lado, comprar um carro é a opção que oferece mais conforto, segurança e agilidade, sendo uma alternativa viável para quem faz viagens frequentes. "Para pessoas que utilizam muito o veículo e em longas distâncias, a opção de alugar ou usar aplicativos perde seu apelo", diz Silva.

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