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Trump indica filho de ex-juiz da Suprema Corte como secretário de Trabalho

18/07/2019 22h22

Washington, 19 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou nesta quinta-feira o advogado Eugene Scalia como novo secretário de Trabalho, uma troca motivada pela renúncia de Alex Acosta, envolvido no escândalo do bilionário Jeffrey Epstein, preso após ser acusado de criar uma rede de abuso sexual de menores de idade.

"Estou satisfeito em anunciar que minha intenção é nomear Eugene Scalia como novo secretário de Trabalho. Gene levou uma vida de grande sucesso nos campos jurídico e trabalhista, e é muito respeitado não só como advogado, mas também pela grande experiência no mundo laboral", escreveu Trump no Twitter.

"Ele será um grande membro de um governo que fez mais em seus 2 primeiros anos e meio do que talvez qualquer outro governo na história", continuou o presidente americano.

Eugene, de 55 anos, é filho do Antonin Scalia, ex-juiz da Suprema Corte e chegou a ocupar o posto de secretário de Trabalho entre 2002 e 2003 no governo de George W. Bush.

Como advogado, o indicado de Trump tem um longo histórico de defesa de grandes empresas, como a Walmart, bastante criticadas por oferecer baixos salários aos seus funcionários.

Por esse motivo, espera-se que os principais sindicatos do país e as lideranças do Partido Democrata questionem a escolha de Scalia nos próximos dias.

No entanto, cabe ao Senado, controlado pelos republicanos, aprovar as indicações para ocupar o gabinete do presidente. Por isso, Eugene deve assumir o posto em breve.

O anúncio da indicação de Eugene ocorre menos de uma semana depois da renúncia de Acosta. O ex-secretário foi forçado a deixar o caso pelos questionamentos a sua atuação como promotor há mais de dez anos, quando negociou um controverso acordo judicial Epstein, acusado pela segunda vez de abusar de menores de idade.

Preso no início deste mês após ordem de um juiz de Nova York, Epstein já havia sido acusado pelos mesmos crimes na Flórida, mas em 2008 chegou a um acordo extraoficial com a promotoria do estado, comandada à época por Acosta, para encerrar o caso. EFE

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