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Bolsonaro reconduz Tarcísio Vieira como ministro titular do TSE

Vieira Tarcísio Vieira de Carvalho Neto foi reconduzido ao TSE pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) - Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo
Vieira Tarcísio Vieira de Carvalho Neto foi reconduzido ao TSE pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) Imagem: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo

Rafael Moraes Moura

Em Brasília

11/05/2019 08h21

O presidente Jair Bolsonaro decidiu reconduzir o advogado Tarcísio Vieira como ministro titular do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pelo período de mais dois anos. A nomeação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União ontem (10).

É a segunda nomeação de Bolsonaro para a Corte eleitoral --no mês passado, ele já havia escolhido o advogado Sérgio Banhos para a vaga de Admar Gonzaga, que desistiu de tentar ser reconduzido.

Tarcísio assumiu a cadeira de titular em 2017, nomeado pelo então presidente Michel Temer, na véspera do julgamento que livrou o emedebista da cassação do mandato. O advogado possui doutorado em direito do Estado pela USP e é professor-adjunto da UnB (Universidade de Brasília).

O TSE é formado por sete ministros titulares. Três são oriundos do Supremo Tribunal Federal, dois do Superior Tribunal de Justiça e outros dois são advogados. Enquanto os ministros do STF e do STJ seguem um esquema de rodízio para atuar no TSE, os representantes da classe de juristas são escolhidos por meio de lista tríplice submetida ao presidente da República.

As escolhas para o TSE são importantes para o Planalto já que a campanha de Bolsonaro à Presidência da República é alvo de oito processos que apuram supostas irregularidades, como disparo em massa de mensagens no WhatsApp contra o PT, ataque cibernético ao grupo de Facebook Mulheres Unidas contra Bolsonaro e outdoors espalhados com o nome de Bolsonaro em diversos municípios brasileiros. A defesa da campanha nega irregularidades.

Revés no Congresso

Depois de novas derrotas do governo no Parlamento, Bolsonaro afirmou ontem que o governo deve sempre se antecipar a possíveis problemas e que poderá vir um "tsunami" --ondas gigantes causadas por terremotos ou outras movimentações no oceano-- na semana que vem.

Apesar da fala, ele não citou o que causaria o tsunami nem o contextualizou. "Assim estamos governando. Alguns problemas? Sim. Talvez tenha um tsunami na semana que vem, mas a gente vence esse obstáculo aí com toda certeza. Somos humanos, alguns erram. Alguns erros são perdoáveis. Outros, não", disse, ao ressaltar a independência dos ministros de seu governo.

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