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"Coletes amarelos" dão ultimato a Macron e voltam a vandalizar ruas de Paris

20/04/2019 11h41

Conflitos entre manifestantes "coletes amarelos" e a polícia francesa ocorreram no 11º distrito da capital neste sábado (20), 23º dia de protestos contra o governo. Manifestantes incendiaram lixeiras e veículos e depredaram vitrines. Pelo menos 137 pessoas foram detidas.

Apesar do clima de comoção dos últimos dias na França, após o incêndio na catedral Notre-Dame de Paris, os manifestantes "coletes amarelos" não deram trégua. Eles decretaram um "ultimato" ao presidente Emmanuel Macron, que prometeu fazer uma série de anúncios fiscais e sociais na próxima quinta-feira (25).

Durante uma caminhada do Ministério da Economia até a Praça da República, em Paris, manifestantes vestidos de preto começaram a lançar objetos em direção à polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo e jatos de água. Na Praça da República, os confrontos entre os policiais e manifestantes black blocs se intensificaram.

Às 15h (10h em Brasília), o número de detidos já era de 137 na capital, e mais de 17,5 mil pessoas que se dirigiam aos protestos tinham sido revistadas pela polícia. Cerca de 60 mil policiais estão nas ruas de todo o país para monitorar os protestos, que contavam com 9,6 mil participantes às 15h, dos quais 6,7 mil apenas na capital.

"As forças de ordem receberam a orientação de serem extremamente móveis e reativas", declarou Laetitia Vallar, porta-voz da Secretaria de Segurança Pública de Paris.

Ameaça à Notre-Dame

Como nas semanas anteriores, a polícia proibiu manifestações na avenida Champs Elysées e em torno do Palácio do Eliseu, em Paris. Os atos também foram vetados na área próxima à catedral de Notre-Dame. Grupos de coletes amarelos ameaçavam se dirigir ao local, para contestar as doações milionárias que foram feitas para a reconstrução do monumento, alvo de um incêndio nesta semana. "Tudo para Notre-Dame, nada para os miseráveis", podia-se ler nas costas de alguns "coletes amarelos".

O clima também foi de tensão em outras cidades como Toulouse e Bordeaux. Desde sexta-feira (19), o governo francês já previa que as manifestações deste sábado poderiam ser violentas, devido à atuação dos participantes nas redes sociais.  

Com informações da AFP

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