Após Lula dizer que torce por Trump, Eduardo Bolsonaro rebate: ‘Covardia’

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chamou de "covardia" e ironizou a declaração dada pelo presidente Lula (PT) de que "não queremos briga" com Donald Trump, que será empossado presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20).
O que aconteceu
"Lula, você quer ser amigo de um nazista agora?", provocou Eduardo em publicação no X (antigo Twitter) hoje. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro fez referência a uma fala de Lula em novembro passado, em que o petista sugeriu que a vitória de Trump seria "fascismo e nazismo" voltando com "outra cara".
O deputado federal definiu a postura de Lula hoje como "covardia". "A propósito, os seus ministros continuam a atacar Trump mesmo depois de ele ter sido eleito", declarou Eduardo na tradução em português do post, feito em inglês.
Ele ainda lembrou do ataque da primeira-dama Janja ao bilionário Elon Musk, que será secretário da nova gestão Trump. "Se Trump não tivesse sido eleito, a ilustre primeira-dama seria celebrada por Lula toda vez que gritasse foda-se, Elon Musk." Musk vai chefiar o Departamento de Eficiência Governamental dos EUA.
Durante evento do G20 em novembro, Janja disse "fuck you (foda-se na tradução em português, Elon Musk). A primeira-dama discursava em uma palestra sobre desinformação nas redes sociais quando fez o ataque ao bilionário, dono do X. A declaração gerou mal-estar no governo porque Musk já havia sido anunciado na época como integrante do governo Trump.
Lula disse hoje desejar que Trump faça uma "gestão profícua". "O Trump foi eleito para governar os Estados Unidos, e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua, para que o povo brasileiro, o povo americano melhore e para que os americanos continuem a ser os parceiros históricos que são do Brasil", falou. "Nós não queremos briga nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a Índia, nem com a Rússia. Nós queremos paz", declarou em discurso na abertura da primeira reunião ministerial do ano.
O presidente declarou publicamente que torcia pela vitória de Kamala Harris. No mesmo dia em que associou a volta de Trump a nazismo e fascismo, ele afirmou que a vitória da candidata democrata ao governo dos EUA seria uma "opção mais segura".
Eduardo e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) viajaram aos EUA para a posse de Trump, no lugar de Jair Bolsonaro. O ex-presidente não conseguiu participar do evento porque o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, negou o pedido dele para reaver seu passaporte.