Lula pactuou encaminhamento sobre emendas com Lira e Pacheco, diz Haddad
O ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) voltou a defender as medidas tomadas para equilibrar as contas públicas na noite desta segunda-feira (9) e disse que Lula está conversando com Pacheco e Lira para conter "anseios" de parlamentares com as decisões de Flávio Dino sobre as emendas.
O que aconteceu
"Precisamos da compreensão dos Três Poderes para equilibrar contas públicas", disse Haddad. O ministro da Fazenda pediu que os outros poderes deixem de lado "clima de desconfiança" com o executivo que, para ele, cresceu nos últimos meses. Ele ressaltou que assume o equilíbrio das contas públicas como um dos seus principais objetivos. "Tem que ser uma associação em torno dessa finalidade, passar confiança para as pessoas", ressaltou ele.
Nós precisamos dessa compreensão do Executivo, Legislativo e Judiciário para organizar melhor as finanças públicas do país e deixar para trás esse clima de desconfiança que cresceu nos últimos meses. Cresceu por quê? Porque precisamos nos coordenarmos, para atingir os objetivos. Fernando Haddad, ministro da Fazenda
Lula se reuniu na tarde de hoje com Lira e Pacheco para conversar sobre emendas. Segundo Haddad, a conversa entre o presidente e os presidentes das casas deve "atender anseios dos parlamentares". "Temos uma chance de terminar o ano com coisas importantes", disse.
"Depois de 40 anos de espera, podemos votar a reforma tributária finalmente." "Nunca vai haver a perfeição para ninguém, mas diante das circunstâncias, uma lei complexa, muitos interesses envolvidos, podemos concluir a reforma tributária, o acordo com a União Europeia e agora esse conjunto de medidas que contém um pouco o gasto público, também no mesmo sentido de equilibrar as contas", disse Haddad.
Haddad ainda disse que bancos "estão subestimando impacto das medidas". O ministro defende que os cálculos dos banqueiros não são próximos dos números da sua pasta. "Quem está fazendo conta sabe que as medidas vão na direção correta e não há um impacto pequeno."
Colocar ordem em cadastro, adequar o perfil do beneficiário à intenção do legislador, isso são coisas muito razoáveis. Nós temos que compreender que nós temos que fortalecer as regras que nós próprios aprovamos para passar para o país, para os investidores, para os trabalhadores, credibilidade que vai fazer com que as coisas, os preços dos ativos, voltem ao patamar normal. Fernando Haddad, ministro da Fazenda