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Chamado de 'fraco', governador do Rio rebate ex-aliado: 'Menino Robin'

Governador do Rio, Cláudio Castro - TON MOLINA - 25.out.2023/ESTADÃO CONTEÚDO
Governador do Rio, Cláudio Castro Imagem: TON MOLINA - 25.out.2023/ESTADÃO CONTEÚDO
do UOL

Do UOL, em São Paulo

11/11/2024 10h50Atualizada em 11/11/2024 10h56

O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), chamou de "menino Robin" o deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ), que em entrevista ao jornal O Globo se referiu ao aliado como "o fraco". Hoje próximo de Eduardo Paes (PSD), o parlamentar defende o nome do prefeito para disputa estadual de 2026.

O que aconteceu

"O eterno menino Robin — também vídeomaker nas horas vagas—, que sempre viveu atrás do Batman, voltou a aparecer", afirmou Castro nesta segunda (11). Em 2021, ele chegou a cogitar Pedro Paulo como seu vice na eleição estadual do ano seguinte. "De expurgado pelas urnas em 2016, vetado em 2022 para ser ministro e, agora, abandonado no altar em 2024, ele surge como um ventríloquo em busca de sobrevida."

prefeito eduardo paes (PSD) e o deputado Pedro Paulo (PSD) - Reprodução - Reprodução
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Imagem: Reprodução

Pedro Paulo chamou o governador de "fraco" ao afirmar que Castro não negociou a dívida estadual. "Tivemos dois governadores recentemente: Witzel, o breve, e Cláudio Castro, o fraco", afirmou. "Não atacamos o principal problema, que é a gigantesca dívida [do estado] que precisa ser discutida com o governo federal de forma franca e com força política."

É por causa disso, afirmou o deputado, que a candidatura de Paes seria inevitável em 2026. "Eduardo vai enfrentar um dilema pessoal [porque] a família é contra, o peso de ser governador é grande. Mas não vai ter alternativa: terá que ser candidato. Não falo só por ser presidente do PSD e próximo a ele por tantos anos. Parto do diagnóstico dos principais problemas do estado: segurança pública e o problema fiscal", afirmou. Paes nega intenção de deixar o mandato de prefeito no meio para concorrer ao governo.

As provocações de Castro

Ao falar que Pedro Paulo é "videomaker", Castro fazia referência a um vídeo íntimo do deputado. De acordo com o Estadão, a filmagem —que não veio a público— teria motivado sua desistência de concorrer a vice prefeito do Rio na chapa de Paes este ano. Segundo o deputado, o vídeo poderia ser explorado por adversários durante a campanha eleitoral.

Castro também provocou o parlamentar sobre ter sido "expurgado das urnas". Em 2016, Pedro Paulo ficou em terceiro na corrida pela prefeitura do Rio. Questionado na entrevista de hoje, ele disse que ainda tem o sonho de ser prefeito.

Sobre o veto "em 2022 para ser ministro", Castro se referia ao fato de ele ter sido cotado por Lula (PT) para um cargo na Esplanada dos Ministérios. Após vencer a eleição presidencial, o petista analisou empossar Pedro Paulo como um dos indicados do PSD, mas ele acabou preterido.

Para o deputado, o governador do Rio deixará o cargo sem "legado". "O governador anunciou que vai deixar o governo e ir para a advocacia", disse. "Castro anunciou aposentadoria compulsória antes das pessoas o demitirem. Não tem sequer uma política pública de legado, e nem o seu partido o deixará ter candidato para defender o que não fez. Castro perdeu o controle do governo." Castro, que assumiu o cargo após a queda de Witzel, se elegeu em 2022 e, por isso, não poderá concorrer à reeleição.

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