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Impedido de concorrer, Evo Morales volta a anunciar que será candidato

Evo Morales reforça que será candidato à presidência da Bolívia. A eleição vai acontecer em agosto - Reprodução/X/@evoespueblo
Evo Morales reforça que será candidato à presidência da Bolívia. A eleição vai acontecer em agosto Imagem: Reprodução/X/@evoespueblo
do UOL

Do UOL, no Rio

19/04/2025 19h47

O ex-presidente boliviano continua a reafirmar que será candidato, mesmo com decisão da Justiça do país que limita a dois os mandatos para presidência.

O que aconteceu

Evo Morales voltou a se declarar candidato presidencial. A afirmação aconteceu hoje em evento na região de Entre Ríos, em Cochabamba, reduto sindical e político de Morales."Estamos convencidos de que vamos ganhar as eleições este ano, por isso têm tanto medo de nós, tanto ódio, tantas difamações", disse o ex-presidente. As informações são da agência EFE.

Político não revela o partido no qual deve concorrer. Segundo Morales, seus seguidores não apoiam apenas a ele, mas a "revolução democrática cultural" para dizer para a Bolívia e ao mundo que "a direita não voltará". Sobre o partido, disse a seus apoiadores que não se preocupem. "Por questões de segurança, não quero comentar sobre a sigla, mas a sigla está garantida para participar destas eleições", afirmou.

Problemas com a Justiça. Evo Morales é investigado pelo Ministério Público da Bolívia por tráfico de pessoas. Ele é acusado de ter mantido uma relação com uma adolescente, com quem teria tido um filho em 2016. Uma ordem de prisão contra ele foi emitida em outubro do ano passado. Desde então, dezenas de apoiadores fazem vigílias ao redor de sua casa para impedir que ele seja preso.

Sem possibilidade de novo mandato. Morales assumiu o poder em 2006 e governou até 2019. Ele foi eleito para quatro mandatos, mas renunciou no fim do terceiro mandato, após ter a quarta vitória questionada na eleição daquele ano. No fim de 2024, o Tribunal Constitucional ratificou uma decisão que o impede de se candidatar, argumentando que nenhum boliviano pode exercer mais de dois mandatos presidenciais.

Disputa no partido. Morales perdeu a liderança do MAS (Movimiento al Socialismo), partido do qual fazia parte. A sigla então passou a ser liderada por Grover García, aliado do presidente Luis Arce. Morales e Arce se distanciaram a partir de 2021 por divergências sobre a candidatura presidencial do partido e por decisões do governo. Arce assumiu a presidência em 2020 com apoio de Morales.

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