G7 apoia adesão da Ucrânia à Otan e se preocupa com ameaça à ONU no Líbano
Por Angelo Amante
NÁPOLES, ITÁLIA (Reuters) - Os ministros da Defesa do G7 apoiaram no sábado o caminho "irreversível" da adesão da Ucrânia à Otan e expressaram preocupação com as ameaças às forças de manutenção da paz das Nações Unidas visadas por Israel no Líbano.
A primeira reunião de ministros da Defesa do G7 ocorreu enquanto Israel e o grupo armado libanês Hezbollah trocavam tiros, com um drone direcionado à casa de férias do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de acordo com seu porta-voz.
A Itália ocupa a presidência rotativa do G7 para 2024, enquanto o Ocidente enfrenta o avanço russo na Ucrânia e as atividades militares da China em torno de Taiwan, bem como o aumento das tensões ao longo da fronteira entre as Coreias.
O ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, que organizou a reunião na cidade de Nápoles, no sul do país, disse a jornalistas que o G7 não pode resolver as tensões globais sozinho, mas precisa estimular a comunidade internacional.
Além da Itália, o G7 inclui os Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha e Reino Unido. Representantes da Otan, da União Europeia e do ministro da defesa ucraniano, Rustem Umerov, também participaram das conversas.
Em discurso, Crosetto alertou para um “cenário de segurança deteriorado” em todo o mundo e disse que as previsões de curto prazo para a resolução de conflitos “não podem ser positivas”.
As tensões são alimentadas pelo conflito entre “duas visões de mundo diferentes, talvez incompatíveis”, disse ele.
Na sua declaração final, o G7 apoiou o "caminho irreversível de Kiev para a plena integração euro-atlântica, incluindo a adesão à Otan".
Nesta semana, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, apresentou o seu “plano de vitória” à União Europeia e à Otan, mas não conseguiu obter o convite de adesão imediato que pedia.
(Reportagem de Angelo Amante e Phil Stewart; reportagem adicional de Tom Sims em Frankfurt)