Topo
Notícias

Zelensky diz no Conselho de Segurança que falta 'forçar a Rússia à paz'

24/09/2024 17h58

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse nesta terça-feira (24), no Conselho de Segurança da ONU, que deve-se "forçar a Rússia à paz, e que Moscou converteu o Irã e a Coreia do Norte em "cúmplices" do que chamou de "guerra criminosa" na Ucrânia.

"É exatamente isso que faz falta: forçar a Rússia à paz", disse Zelensky, durante uma reunião de nível ministerial sobre a Ucrânia. Um representante russo assistiu ao discurso, em que o líder ucraniano afirmou que os pedidos de paz feitos por Moscou não são sinceros.

Em sua fala, à qual assistiu o representante russo, Zelensky disse que os pedidos de paz de Moscou não eram sinceros.

"Sabemos que algumas pessoas no mundo querem falar com Putin para, provavelmente, ouvir que ele está incomodado porque estamos exercendo nosso direito de defender a nossa gente", disse Zelensky, que também mencionou o Irã e a Coreia do Norte, países acusados pelo Ocidente de fornecer armas à Rússia. 

"A Rússia não tem razões legítimas para tornar o Irã e a Coreia do Norte cúmplices de fato da sua guerra criminosa na Europa, com suas armas nos matando, matando ucranianos", acrescentou Zelensky. 

O Irã negou ter enviado mísseis de curto alcance para aquele país.

O presidente ucraniano disse, ainda, que o fim da invasão russa deve se basear na Carta da ONU, que consagra a soberania dos Estados-membros.

"Um dia nesta sala certamente se dirá que a guerra da Rússia contra a Ucrânia acabou, não que foi pausada, não que foi esquecida, mas que terminou de verdade", disse Zelensky.

"Não acontecerá porque alguém se cansou da guerra ou porque alguém negociou algo com Putin. A guerra da Rússia contra a Ucrânia acabará porque a Carta da ONU funcionará", acrescentou.

Na quinta-feira, Zelensky irá a Washington para se reunir com o presidente Joe Biden na Casa Branca.

O presidente ucraniano é esperado para apresentar a Biden o que chama de um plano de vitória antes das eleições presidenciais americanas, em novembro.

Por sua vez, o novo chefe da diplomacia francesa, Jean-Noël Barrot, disse que a paz entre a Rússia e a Ucrânia "não pode adotar a forma de uma capitulação do agressor porque há um agressor e um agredido".

Um acordo de paz deverá ocorrer "com base unicamente no direito internacional, respeitando" a integridade territorial da Ucrânia, ressaltou o diplomata nesta terça, dia de sua chegada a Nova York.

Ele ressaltou que a França continuará comprometida com "seu apoio ao plano de paz do presidente Zelensky". 

sct/af/mar/cjc/mar/lb/mvv/am

© Agence France-Presse

publicidade

Notícias