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Máscaras caindo: Voo da American Airlines volta a SP após problema mecânico

Passageiros foram orientados a usar máscaras de oxigênio após problema com pressurização de cabine - Arquivo Pessoal
Passageiros foram orientados a usar máscaras de oxigênio após problema com pressurização de cabine Imagem: Arquivo Pessoal
do UOL

Do UOL, em São Paulo

24/01/2023 21h45Atualizada em 25/01/2023 11h51

Um voo da American Airlines que saiu de Guarulhos com destino a Nova York teve que voltar ao aeroporto de São Paulo depois que o avião apresentou um problema de pressurização logo depois de decolar, na madrugada de ontem. Vídeos mostram passageiros usando máscaras de oxigênio em meio à tensão, diante da possível falha nas válvulas que bombeiam ar "respirável" a altas atitudes.

Avisados pelo controle de voo sobre a situação, bombeiros esperaram pelo Boeing prontos para combater um possível incêndio — já que a aeronave estava com o tanque cheio. Apesar do susto, a equipe atuou apenas jogando água sobre o trem de pouso, que ameaçou pegar fogo. O avião, que deixou Guarulhos à 00h10 de 23 de janeiro voltou à pista menos de uma hora depois, 00h59.

"Tudo estava correndo normalmente logo após a decolagem. Com 20 minutos de voo, a comissária avisou a todos que voltaríamos para o aeroporto devido a uma falha mecânica no avião, mas não havia dito o motivo. Cerca de 5 minutos depois as máscaras caíram, sem aviso, e os comissários orientaram a colocar e respirar pelas máscaras. Em seguida o comandante anunciou que houve um problema com a pressurização e por isso estávamos voltando, mas que o avião estava operacional e seguro", contou o passageiro Eloy da Fonseca Neto, dono do site Mestre das Milhas, ao UOL.

Ele e os demais viajantes foram autorizados a tirar as máscaras ainda durante o voo, quando o avião desceu a menos de 10 mil pés (cerca de 3 km de altura) — altitude compatível com a respiração mesmo sem o funcionamento do sistema de pressurização.

Segundo Eloy, assim como mostram as imagens, a situação na cabine permaneceu tranquila mesmo depois do anúncio do piloto sobre o retorno não planejado à Guarulhos.

"O pouso foi normal, não havia pânico, e assim que o avião pousou todos bateram palmas. Na minha experiência de passageiro frequente foi um pouso normal. Não houve pânico, mas teve pessoas alegando estarem tontas. Alguns comissários tiveram que ajudar alguns passageiros a colocar e usar a máscara, já que é necessário dar um puxão antes de colocar, senão o oxigênio não libera", explicou o cliente da American Airlines.

Clientes denunciaram demora na ida ao hotel

Mas, apesar do final feliz, a demora para desembarcar foi uma reclamação dos passageiros. Eloy conta que demorou cerca de 1h40 após o pouso para que os ocupantes pudessem sair do Boeing, mesmo sem sinal de fogo ou de "maiores falhas", de acordo com o comandante. Acostumado a viajar, Eloy diz que "saiu correndo" ao chegar no terminal para pegar os vouchers para táxi e hotel distribuídos pela companhia. Mas o relato difere do feito por outros passageiros.

No Twitter, uma norte-americana identificada como Melanie, usou as páginas da American Airlines para reclamar da situação do namorado que estava no voo AA950. Segundo ela, o rapaz não entendeu as instruções oferecidas no aeroporto — ditas apenas em português — e chegou a sair do terminal em que desembarcou, sendo quase impedido de retornar ao saguão por seguranças, que controlam a circulação de pessoas em Guarulhos durante a madrugada.

Às 3h47, quase três horas após o pouso, o rapaz ainda não tinha recebido os bilhetes para seguir para o hotel disponibilizado pela companhia, na Barra Funda. Ao comentar o procedimento da empresa, Eloy opina que a assistência oferecida foi "padrão", apesar de não ser ideal. Ele já foi alocado em outro voo e está nos Estados Unidos.

"A assistência foi a padrão, porém com muita gente desembarcando pode dar confusão. Achei que a companhia aérea poderia ter prestado um serviço melhor, mas foi aquele mínimo para um incidente como esse", afirmou.

Procurada, a empresa aérea informou que o voo 950 da American Airlines de São Paulo (GRU) para Nova York (JFK) retornou para GRU devido a um problema mecânico. "A aeronave pousou em segurança e os clientes desembarcaram na pista de taxiamento antes de serem levados de ônibus para o terminal. Todos os clientes foram acomodados em hotéis. Nunca queremos atrapalhar os planos de viagem de nossos clientes e pedimos desculpas pelo inconveniente".

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