Partidos de oposição do Japão apresentam moção de censura contra Suga
As forças da oposição exigiram do Executivo que prorrogasse por mais três meses a sessão que se encerra nesta quarta-feira, por considerar que é necessário dar uma resposta adequada de todas as formações políticas à pandemia do coronavírus que afeta o país, cujas principais regiões estão em situação de emergência sanitária.
A moção, no entanto, tem poucas chances de sucesso devido à grande maioria parlamentar do conservador Partido Liberal Democrático (PLD) e de seu parceiro de coalizão, a legenda budista Komeito.
A iniciativa contra o Executivo está sendo promovida pela principal formação de oposição, o Partido Constitucional Democrático do Japão, e será colocada em votação nesta terça-feira na Dieta, o parlamento do Japão.
Uma possível extensão da sessão parlamentar teria coincidido com a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que estão programados para começar em 23 de julho.
Em declarações à imprensa quando questionadas sobre a moção de censura, o primeiro-ministro japonês afirmou que a maior prioridade de seu governo é "combater o coronavírus" e "devolver a segurança aos cidadãos o mais rápido possível".
Suga lembrou ainda que a dissolução das duas câmaras que compõem o parlamento e a convocação das eleições gerais "poderão ocorrer a qualquer momento" antes da data de conclusão da atual legislatura para a Câmara dos Deputados, no dia 21 de outubro.
O primeiro-ministro japonês havia previamente designado setembro e outubro para a possível convocação eleitoral, uma vez que os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio já terão terminado e a maioria da população japonesa deverá estar vacinada contra o coronavírus.
O Executivo de Suga atravessa um momento de baixíssima aprovação em decorrência de sua gestão duvidosa da pandemia, bem como de seu apoio contínuo à celebração das Olimpíadas na capital japonesa apesar da crise de saúde e da relutância da população em relação ao evento esportivo internacional.
Um levantamento divulgado hoje pela emissora estatal "NHK" indica que 45% dos consultados não apoiam o governo Suga, ante 37% que estão satisfeitos com sua gestão.
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