Aprovação do presidente do Chile cai para 14% em plena 2ª onda de contágios
A pesquisa Plaza Pública Cadem indica uma queda de seis pontos percentuais em relação a março, acompanhada de uma queda na aprovação da gestão da crise da pandemia, que caiu 23 pontos percentuais nas últimas seis semanas, chegando a 35%.
O indicador tem diminuído desde que em fevereiro a aprovação presidencial alcançou 24%, sustentada pelo rápido processo de vacinação, feito que deu um respiro a Piñera após meses de duros questionamentos por causa dos primeiros momentos da pandemia e dos protestos de 2019.
No entanto, o agravamento da pandemia após as férias de verão, com uma segunda onda que pressionou o sistema de saúde, levou Piñera a 14% de aprovação e 73% de rejeição, três pontos percentuais a mais do que um mês atrás.
"Aumentou o temor de se contagiar (68%) e o plano de vacinação em massa continua se desenvolvendo sem inconvenientes, com 49% da população vacinada", afirma a pesquisa.
Piñera, que chegou ao poder em março de 2018 para o segundo mandato consecutivo, viu os mais de 50% de aprovação despencarem em fevereiro para 9%, sua pior marca, após a onda de protestos contra a desigualdade iniciados em 2019.
Com mais de 1 milhão de casos de covid-19 e mais de 20 mil mortes por complicações da doença, o Chile vive uma segunda onda de contágios que obrigou as autoridades a fechar as fronteiras e adiar para 15 e 16 de maio as eleições constituintes e municipais que seriam realizadas em 10 e 11 de abril.
No momento, 83% da população se encontra em fase de quarentena total, o que significa que as pessoas só podem sair para realizar atividades essenciais e quase todos os comércios permanecem fechados, exceto os de primeira necessidade.
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