Nova scooter NMax 160 quer incomodar liderança da PCX 150; assista
Lançada em 2016, a NMax 160 ABS colocou a Yamaha de volta ao segmento de scooters. Na época, sua única concorrente era a Honda PCX 150 e as vendas desse tipo de veículo eram bem menores. De lá para cá, aumentou a oferta de scooters no mercado e as vendas já representam cerca de 9% das motos emplacadas no Brasil.
De olho nesse segmento que não para de crescer, a Yamaha renovou completamente a NMax 160 para 2021. Do visual às rodas, passando pelo quadro, motor e suspensões, tudo mudou. A NMax também ganhou alguns equipamentos novos, como chaveiro Smart Key, tomada 12V e farol e lanterna de LED.
Seu motor de um cilindro, 155 cm³ e arrefecimento líquido passou por mudanças internas e ficou um pouco mais potente. Passou de 15,1 cv para 15,4 cv a 8.000 rpm. Já o torque caiu de 1,5 kgf.m para 1,4 kgf.m a 6.000 giros. O bom desempenho sempre foi um dos pontos fortes da NMax - a PCX 150, por exemplo, tem 13,2 cv de potência máxima.
Equipado com comando de abertura de válvulas variável (VVA), que altera a abertura conforme a rotação, o motor da NMax parece estar sempre "cheio", ou seja, com respostas mais rápidas ao acelerador. E essa impressão se mantém na nova geração.
Nesse primeiro contato, rodei cerca de 70 km com a nova NMax em um percurso urbano e o motor não decepciona. Quando se acelera mais, aparece a indicação "VVA" no painel, mostrando que o sistema entrou em ação. Com isso, ele tem bom torque em baixos giros e fôlego para encarar subidas, quando é precisa girar mais o acelerador.
Por outro lado, o consumo era maior que o da concorrência. Para corrigir isso, a Yamaha adotou o sistema "Stop & Start", que desliga o motor em paradas mais longas para economizar combustível e poluir menos.
Não foi possível medir o consumo, mas o computador de bordo no novo painel digital indicava 38 km/litro. A unidade avaliada era praticamente zero quilômetro e esse valor pode melhorar com o tempo.
Outra novidade nesse quesito é o tanque maior, agora com capacidade para 7,1 litros contra os 6,6 litros da geração anterior. Isso significa menos idas ao posto de gasolina, já que a autonomia deve chegar a 280 km.
Suspensões recalibradas
Como na maioria das scooters, a balança traseira da NMax 160 é fixada ao bloco do motor e traz a transmissão final CVT embutida. Segundo a marca, a mudança foi feita para melhorar o sistema de amortecimento, que conta com dois amortecedores na traseira. Na dianteira, o ajuste do garfo telescópico também mudou.
Desde a geração anterior, a NMax se caracterizou por ter suspensões mais "firmes", que absorvem bem as imperfeições do asfalto. Essa característica se manteve na nova NMax 2021. No trajeto, o conjunto mostrou-se bem acertado, mesclando conforto e rigidez para superar valetas e lombadas.
Claro que tem que se levar em conta limitação das pequenas rodas de 13 polegadas, que têm novo desenho e ficaram mais leves. Não se pode esperar que qualquer scooter se comporte como uma moto trail e encare as ondulações facilmente. É preciso reduzir a velocidade com antecedência, ao invés de frear em cima de uma valeta, por exemplo.
Outra mudança é o aumento da largura da plataforma onde o motociclista apoia os pés. Na primeira geração, muitos reclamavam que o espaço era pequeno e os pés ficavam para fora.
Ainda na parte ciclística, vale destacar outra vantagem da NMax 160: freio a disco com ABS nas duas rodas. Sua principal concorrente, e líder do mercado de scooters, a PCX 150 tem sistema ABS apenas na roda dianteira.
Mais praticidade
Entretanto, como não sofria alterações desde seu lançamento, a NMax 160 foi ficando para trás na comparação com as concorrentes no quesito praticidade. A Yamaha recuperou o tempo perdido na nova geração.
A começar pela Smart Key, a chave de presença, que libera o botão seletor que liga a moto para dar partida, abre a tampa do tanque e o compartimento sob o assento. Por falar nisso, o espaço diminui um pouco e agora tem capacidade para 25 litros. Espaço suficiente para acomodar um capacete fechado, as luvas e a capa de chuva.
O modelo ganhou também um porta-objeto com tampa, no escudo frontal. O outro, do lado direito, não tem tampa, mas traz uma tomada 12V, para carregar o smartphone.
Mercado
Com as mudanças, o preço público sugerido da NMax 160 ABS 2021 subiu para R$ 14.990. O valor de R$ 1.200 maior do que a geração anterior é justificado pelas novidades. Mas também fez com que a scooter da Yamaha ficasse mais cara do que a PCX que, em sua versão com ABS, está cotada a R$ 13.990.
Com todas essas novidades, a Yamaha espera retomar o segundo lugar entre as scooters e, quem sabe, incomodar a liderança da PCX. Em 2019, a NMax 160 vendeu 15.165 unidades, ficando atrás da Honda Elite 125 (17.779) e da PCX 150 (32.582).
Como tem menos concessionárias que a Honda em todo o Brasil, a Yamaha dificilmente conseguirá superar as vendas da PCX em números absolutos. Mas promete acirrar a disputa no segmento scooter.
E você, o que achou da nova Yamaha NMax 160 ABS? Ela faz frente à campeã de vendas PCX? Deixe sua opinião nos comentários.
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