Vale a pena comprar os celulares da Xiaomi no Brasil? Veja a comparação
Resumo da notícia
- Comparamos as fichas técnicas dos celulares chineses com os rivais da Samsung, Motorola e LG para avaliar custo-benefício
- Com bateria grande, Redmi Note 6 Pro é um intermediário potente que custa R$ 1.999
- Já o Pocophone F1 custa R$ 2.999 e traz bastante memória e uma tela grande
- Os preços podem decepcionar quem esperava comprar celulares excelentes a preços abaixo da média de R$ 1.500
Os celulares da popular fabricante chinesa Xiaomi já estão entre nós. Desde o início de março que a rede de lojas físicas da Ricardo Eletro vende dois modelos da marca --Pocophone F1 e Redmi Note 6 Pro-- por meio de uma parceria com a empresa mineira DL.
Um detalhe importante não foi informado quando a parceria Xiaomi/DL foi anunciada em fevereiro: os preços. Agora sabemos. O Redmi Note 6 Pro de 64 GB de espaço e 4 GB de RAM custa de R$ 1.999, enquanto o Pocophone F1 com 128 GB e 6 GB de RAM sai por R$ 2.999.
Uma característica muito desejada pelos fãs da Xiaomi é a relação custo-benefício que a empresa consegue aplicar em seus celulares no exterior. Seria muito difícil replicar os preços baixos da empresa no Brasil, devido a taxas de importação, conversão de moedas e custos operacionais.
Os preços podem decepcionar quem esperava comprar celulares excelentes a preços abaixo da média de R$ 1.500, valor gasto atualmente na compra de um celular intermediário novo da Samsung, Motorola, Asus ou LG no Brasil.
Agora com os preços definidos, vejamos como a volta da Xiaomi ao Brasil se sai contra a tradicional concorrência na comparação. Lembre-se que esta é uma batalha de fichas técnicas, e nem sempre o que está no papel reflete o que acontece na experiência final dos aparelhos.
Redmi Note 6 Pro
Este é um celular intermediário mais perto dos modelos premium, com especificações acima da média que atendem muito bem à grande maioria dos usuários. Identificamos dois modelos rivais com perfil parecido: o Motorola Moto Z3 Play e o Samsung Galaxy A7 (2018). Vamos lá:
Tela: com 6,26 polegadas, o Redmi ganha das seis polegadas encontradas nos visores do Z3 Play e do A7 --por pouco, mas ganha. Na resolução, há um empate: todos têm resolução Full HD+.
Processador: empata com o Z3 Play --vem com o mesmo processador, o Snapdragon 636 de 1,8 GHz-- e perde do A7, que traz um Exynos 7885 de 2,2 GHz. Quanto maior o número de gigahertz, mais veloz o processador.
Memória: trazem os mesmos 4 GB de RAM dos dois concorrentes e os mesmos 64 GB de armazenamento. Empate geral aqui.
Câmeras: O A7 tem uma larga vantagem na câmera traseira, que é tripla --as do Redmi e do Z3 Play são duplas. O modelo da Samsung vem com uma lente principal de 24 MP, uma ultra-angular de 8 MP (campo de visão mais amplo) e uma de 5 MP com controle de profundidade.
Tanto o Z3 Play quanto o Redmi trazem duplas de 12 MP + 5 MP, mas o modelo tem abertura de F/1.9, e o da Motorola, F/1.7 --quanto menor o número, melhor a entrada de luz. A abertura da câmera do A7 também é F/1.7.
Já nas selfies, a ordem do melhor para o pior, pelo menos na resolução, é: Galaxy A7 novamente (24 MP), Redmi Note 6 Pro (20 MP) e Moto Z3 Play (8 MP).
Bateria: Ponto para a Xiaomi, que traz 4.000 mAh, contra os 3.300 mAH do A7 e 3.000 mAh do Z3 Play.
Preço: Os R$ 1.999 do Redmi podem assustar de início, mas o Z3 Play chegou custando R$ 2.299, e o A7, R$ 2.199 no ano passado. Os modelos da Motorola e da Samsung já podem ser comprados atualmente por cerca de R$ 1.800, fora os eventuais descontos à vista. Torçamos para o Redmi baratear com o tempo também.
Pocophone F1
Este modelo top de linha da Xiaomi consegue encarar a briga com dois celulares que estão no mercado brasileiro há quase um ano: o Samsung Galaxy S9 e o LG G7 ThinQ.
Tela: Novamente a telona ao estilo Xiaomi ganha por pouco, com 6,18 polegadas, contra os 6,1 do G7, e 5,8 do Galaxy S9. Mas o modelo da Samsung é o único sem entalhe, o que pode ser bom ou ruim dependendo do seu gosto. Mas a resolução do Pocophone é a menos boa dos três --Full HD+, contra o Quad HD+ dos rivais.
Processador: Empate aqui, pois todos usam o Snapdragon 845, com velocidade de 2,8 GHz.
Memória: Na RAM, o Pocophone ganha com 6 GB, contra os 4 GB dos outros dois. No armazenamento, seus 128 GB empatam com os do S9 e ganham do G7 ThinQ, que tem só a metade: 64 GB. Os três aceitam cartões de memória adicionais microSD.
Câmeras: O Galaxy S9 tem uma câmera simples; só a versão S9 Plus tem câmera dupla. Câmeras duplas permitem mais recursos como um modo retrato bem produzido, sem criação artificial via software. Já os modelos da Xiaomi e da LG trazem as duas lentes atrás. A favor da Samsung, o S9 tem a melhor abertura de luz: F/1.5, contra o F/1.6 do G7 e o F/1.9 do Pocophone.
A melhor resolução é encontrada no G6 (16 MP), enquanto o S9 e o Popcophone empatam nos 12 MP da câmera principal.
A câmera frontal do Pocophone ganha nos números: 20 MP, contra os 8 MP dos dois celulares rivais.
Bateria: Novamente ponto para a Xiaomi, que traz 4.000 mAh, contra os 3.000 mAH do S9 e do G7 ThinQ.
Preço: O Samsung pratica ainda um preço bem alto para o S9, na faixa dos R$ 3.999, enquanto o G7 ThinQ custa basicamente os mesmos R$ 2.999 do Pocophone.
Ficha técnica: Pocophone F1
- Tela: 6,18 polegadas Full HD+ (2.246 x 1.080 pixels)
- Sistema operacional: Android 9 (interface MIUI)
- Processador: Snapdragon 845 (2,8 GHz)
- Memória: 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento
- Câmeras: 12 MP f/1.9 e 5 MP f/2.0 (traseiras); e 20 MP (frontal)
- Dimensões e peso: 155,5 x 75,2 x 8,8 mm; e 182 g
- Bateria: 4.000 mAh
- Preço: R$ 2.999
Ficha técnica: Redmi Note 6 Pro
- Tela: 6,26 polegadas Full HD+ (2.280 x 1.080 pixels)
- Sistema operacional: Android 8.1 (interface MIUI)
- Processador: Snapdragon 636 (1,8 GHz)
- Memória: 4 GB de RAM e 64 GB de armazenamento
- Câmeras: 12 MP f/1.9 e 5 MP f/2.2 (traseiras); e 20 MP (frontal)
- Dimensões e peso: 157,9 x 76,4 x 8,2 mm; e 181 g
- Bateria: 4.000 mAh
- Preço: R$ 1.999
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