Topo
Notícias

Vendedor que contestou ministra Damares em shopping é demitido

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do governo Jair Bolsonaro (PSL), Damares Alves - Assessoria de Transição/Divulgação
A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do governo Jair Bolsonaro (PSL), Damares Alves Imagem: Assessoria de Transição/Divulgação
do UOL

Do UOL, em São Paulo

14/01/2019 22h21

O vendedor Thiego Amorim, 34, conhecido por ter interpelado a ministra Damares Alves em um shopping de Brasília, foi demitido do cargo no último domingo (13). "Amores, venho atrás dessa publicação informa que não faço mais parte do quadro de funcionários da Cantão", afirmou Thiego em uma publicação em suas redes sociais. 

"Agradeço a todo apoio e nossa luta continuará, luta essa que cresce a cada dia, com a força e a energia de todos vocês. Obrigado às clientes maravilhosas que conheci e conquistei. Agora será mas uma batalha pra vencer. Uma nova ERA se aproxima e eu já faço parte dessa revolução", escreveu no Instagram.

Thiego gravou um vídeo em que questionava a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, se ela era "menino ou menina", já que a ministra estava utilizando uma roupa azul. O vídeo veio pouco depois de Damares afirmar que "é uma nova era no Brasil, onde menino veste azul e menina veste rosa."

Após a repercussão do vídeo, a ministra afirmou que tudo não passava de "uma metáfora contra a ideologia de gênero."

Ministra não queria demissão

Em entrevista ao canal Universa, do UOL,no último dia 10, a proprietária da loja onde Thiego questionou Damares afirmou que a ministra pediu para não demitirem o funcionário. 

"Ela não gostaria que o Thiego fosse demitido. Em raríssimos casos acontece uma demissão imediata. Primeiro, a gente apura, adverte, reitera nossos princípios e não sai demitindo ninguém assim. Conversamos internamente e fizemos o que a marca acredita que seja o melhor. No tempo certo, será feito alguma outra coisa, se entendermos necessário", disse Carolina Puga. 

Na semana passada, Thiego entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Damares, alegando que houve constrangimento, vias de fato e ameaça em uma confusão entre os dois. 

A proprietária da loja, no entanto, não viu agressão, e emitiu uma nota em nome da marca para pedir desculpas à ministra. O vendedor não concordou, e classificou a nota como "ofensiva e mentirosa". Segundo ele, a loja se recusa a fornecer o vídeo que mostraria a agressão de Damares. "Quero deixar bem claro que a marca se recusa a dar o vídeo", afirmou Thiego. 

Vendedor pediu investigação da PGR contra ministra Damares

UOL Notícias

Notícias