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Secretário de Segurança do Paraná pede demissão

8.mai.2015 - Nove dias após a ação policial que deixou quase 200 pessoas feridas em um protesto contra o governo do Paraná, o secretário de Segurança, Fernando Francischini, entregou o cargo ao governador Beto Richa (PSDB) - Cabo Daniel Meneghetti/Arquivo/Polícia Militar do Paraná
8.mai.2015 - Nove dias após a ação policial que deixou quase 200 pessoas feridas em um protesto contra o governo do Paraná, o secretário de Segurança, Fernando Francischini, entregou o cargo ao governador Beto Richa (PSDB) Imagem: Cabo Daniel Meneghetti/Arquivo/Polícia Militar do Paraná

do BOL, em São Paulo

08/05/2015 16h21

Fernando Francischini, secretário de Segurança do Paraná, entregou sua demissão nesta sexta-feira (8) ao governador do Estado, Beto Richa (PSDB). As informações são da Folha de S.Paulo.

O agora ex-secretário está fora do cargo nove dias depois da ação policial que deixou pelo menos 180 pessoas feridas em um protesto contra o governo do Paraná, realizado na semana passada. Balas de borracha e bombas de gás foram lançadas contra professores e servidores que estão em greve. Eles se manifestavam contra um projeto que modificou a previdência do Estado.

Seu substituto interino será Wagner Mesquita de Oliveira, delegado da Polícia Federal, que atualmente trabalha no departamento de Inteligência da secretaria.

A demissão é a terceira no alto escalão do governo paranaense em uma semana e faz aumentar a crise da gestão Richa. Na quarta-feira (6), o secretário de Educação, Fernando Xavier Ferreira, deixou o cargo, e ontem (7), o comandante da Polícia Militar do Paraná, César Vinícius Kogut, pediu exoneração.
 
Francischini, que foi apontado como o principal responsável da operação que terminou na ação policial, chegou a fazer um apelo ao governador tucano para continuar no cargo, mas enfrentava, além das resistências da própria Polícia Militar, duras críticas vindas de manifestantes e até mesmo da base aliada.
 
Na carta de demissão, Francischini afirmou ter pedido exoneração "para colaborar com a governabilidade do governo". Além disso, ele diz ter confiança na capacidade de liderança de Richa para "superar este momento de crise".
 
Ainda no texto, ele contrariou declarações anteriores ao comentar sobre a responsabilidade da atuação da polícia nos protestos. "Assumo novamente e publicamente todas as minhas responsabilidades na atuação policial nas últimas operações, apoiando o trabalho da tropa", escreveu ele.
 
 
Esposa desabafou
Na quarta-feira (6), Flávia Francischini, mulher do secretário, desabafou no Facebook. "Nunca pensei que ser honesto, profissional, linha dura e determinado pudessem ser prerrogativas para não pertencer a um grupo político", disse ela na rede social.
 
"Um bom político trabalha e age por si só, não depende de homens sujos, covardes, que não honram as calças que vestem e precisam agir sempre em grupo, ou melhor, quadrilha", completou a mulher. A postagem foi apagada minutos depois da sua publicação.
 
Aliado de Richa, Fernando Francischini é deputado federal licenciado pelo SD (Solidariedade). Ele já foi filiado ao PSDB e, no período, trabalhou como secretário municipal quando Richa era prefeito de Curitiba, capital paranaense.

(Com informações da Folha)

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