Zelensky reconhece falta de efetivos e problemas de 'moral' nas tropas
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, admitiu, nesta quinta-feira (17), em entrevista à AFP que seu exército precisa de mais efetivos para elevar o ânimo das tropas, um reconhecimento incomum por parte do governante.
A Ucrânia cedeu território às forças russas desde o final do ano passado, em parte devido à escassez de soldados que forçou o governo a aprovar uma lei de mobilização.
"Precisamos dotar as reservas de pessoal [...] Um grande número [de brigadas] está vazio", declarou Zelensky.
Muitos soldados ucranianos estão lutando há mais de dois anos sem a possibilidade de serem dispensados.
Sem fim à vista para a guerra, o Exército ucraniano sofre para recrutar, enquanto os combatentes estão ficando exaustos e irritados com a falta de rotatividade.
"Temos que fazer isso para que os rapazes tenham uma rotação normal. Assim, seu moral vai melhorar", disse Zelensky à AFP.
"É uma questão de força física e justiça. Isso requer que as reservas sejam preparadas", continuou.
A lei aprovada pelo Parlamento entra em vigor neste sábado. Ela reduz a idade mínima de mobilização de 27 para 25 anos e simplifica os procedimentos de mobilização.
Mas, em uma reviravolta controversa, a norma eliminou uma proposta vital que teria dado aos soldados que servem há mais de 36 meses a possibilidade de serem dispensados.
ant-brw/dt/rlp/hgs-an/cjc/ic/mvv/am
© Agence France-Presse
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