Recentemente, quando o ator Tarcísio Meira faleceu, relembrei a importância do seu personagem motociclista na novela "Cavalo de Aço" de 1973 na popularização das motos no Brasil. Mas coube ao ator Luís Gustavo, que faleceu hoje, aos 87 anos, em decorrência de complicações de um câncer no intestino, a primazia de estrear uma novela ao guidão de uma moto.
Como protagonista de "Beto Rockfeller", novela que estreou na TV Tupi em 1968, Luís Gustavo acelerou uma pequena Honda de 90 cc em um racha pelas novas avenidas de uma cidade em expansão.
O ator fazia o papel de um vendedor de sapatos que fingia ser rico para aparecer na sociedade paulistana e aceitou o desafio de um playboy da época para apostar uma corrida cujo prêmio era de cinco milhões de cruzeiros.
A trama, dirigida por Lima Duarte, revolucionou a teledramaturgia brasileira com seus diálogos coloquiais e cenas externas, entre elas, o racha de motos pelas ruas da capital paulista. Beto Rockfeller também foi o primeiro anti-herói das novelas brasileiras.
No Brasil dos anos 1960, a motocicleta era símbolo de liberdade jovem, mas era esporte de playboy, afinal eram todas importadas e custavam caro. O jovem Lavito, de classe média alta, autor do desafio ao rival e seus amigos motociclistas, com as namoradas na garupa, passeavam pelas novas avenidas da capita paulista. Já o "impostor" de origem humilde nem moto tinha.
Teve de pedir emprestada o que parece ser uma Benly S90 cub fabricada pela Honda entre 1964 e 1969. O motor de 89,5 cm³ da S 90 tinha câmbio de quatro marchas e produzia 8 hp de potência máxima.
Beto se prepara para o duelo, com ajuda de seu amigo Vitório (papel do lendário Plínio Marcos) que trabalha como mecânico na oficina de Seu Domingos, personagem criado e interpretada por Lima Duarte, que além de ter dirigido a novela, também fez alguns papéis secundários, porém marcantes, como o misterioso dono de oficina.
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