Bolsonaro critica contrato com Pfizer mesmo após ministério formalizar intenção de compra de vacinas
Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar nesta quinta-feira o contrato proposto pela Pfizer para a compra de vacinas contra Covid-19, um dia após o Ministério da Saúde ter formalizado a intenção de comprar 100 milhões de doses do imunizante do laboratório norte-americano.
"A Pfizer é bem clara em seu contrato: 'não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral'. A barra é pesada né? Quem vai se responsabilizar se der um problema, né, uma reação qualquer, podendo até ter problemas graves", reclamou Bolsonaro, em transmissão à noite pelas redes sociais.
O presidente, no entanto, citou que o Congresso aprovou uma lei que responsabiliza o governo federal por eventuais danos advindos da vacinação. O texto, entretanto, permite que Estados e municípios também assumam essa responsabilidade.
Bolsonaro afirmou que não sabe quando devem chegar ao Brasil essas vacinas. Documento distribuído pelo Ministério da Saúde a senadores nesta quinta-feira, no entanto, estima a chegada até o final de maio dos primeiros 2 milhões de doses desse imunizante, cujo contrato com o governo federal está na fase final de negociação.
A vacina da Pfizer é a única que já teve registro definitivo autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que, na prática, permitiria um uso massivo para imunizar a população.
Há meses autoridades federais vinham reclamando das exigências da Pfizer para fechar acordo para a compra da vacina.
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