Premiê do Líbano lança "apelo urgente a todos os países amigos e irmãos"
Muitos países já estão se preparando para enviar ajuda ao Líbano, depois que duas explosões gigantescas em Beirute deixaram mais de 100 mortos, 4.000 feridos e 300.000 desabrigados na cidade ontem.
O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, fez um "apelo urgente a todos os países amigos e aos países irmãos".
O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou imediatamente no Twitter o envio de oficiais da segurança civil e "toneladas de equipamentos médicos". Geograficamente do Líbano, a ajuda chegará por dois aviões militares, de acordo com o Palácio do Eliseu.
Os países do Golfo, alguns com estreitos laços diplomáticos e econômicos com o Líbano, demonstraram solidariedade rapidamente. O Kuwait anunciou nesta quarta-feira a chegada de um avião contendo assistência médica.
Já o emir do Qatar, xeique Tamim bin Hamad Al-Thani, contatou o presidente libanês, Michel Aoun, para apresentar suas condolências, de acordo com a agência de notícias QNA oficial, que acrescentou que hospitais de campanha seriam enviados ao Líbano.
Pirâmides e torre iluminadas
O príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Mohammed Ben Zayed, twittou a "solidariedade" dos Emirados Árabes Unidos ao Líbano, e a famosa torre Burj Khalifa de Dubai, a mais alta do mundo, foi iluminada nas cores da bandeira libanesa.
A Arábia Saudita declarou que está acompanhando a situação com "grande preocupação", oferecendo suas condolências às vítimas. O Irã, o grande rival de Riad e muito influente no Líbano, ofereceu "assistência médica" através do presidente Hassan Rouhani, informou um comunicado.
Na terça-feira, Israel fez um apelo "para superar o conflito" entre os dois países, oferecendo "ajuda humanitária e médica" ao Líbano, seu vizinho com quem está tecnicamente em guerra. O rei da Jordânia, Abdullah II, ordenou nesta quarta-feira a preparação de um hospital militar de campanha para o Líbano.
De seu lado, o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, expressou sua "simpatia" pelos libaneses. As famosas pirâmides de Gizé foram iluminadas com as cores da bandeira libanesa.
A ONU expressou suas "mais profundas condolências" e ofereceu seu "apoio ativo", desejando uma "rápida recuperação dos feridos", entre eles, funcionários das Nações Unidas. Na noite de terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, transmitiu "simpatia" ao Líbano e reiterou que seu país "está pronto" para ajudar.
O Papa Francisco pediu na quarta-feira "orações pelas vítimas, por suas famílias e pelo Líbano" e o envio de "ajuda da comunidade internacional para superar a crise".
"A dor do povo libanês"
Na Europa, a chanceler alemã Angela Merkel prometeu oferecer "apoio ao Líbano". Funcionários da embaixada alemã em Beirute ficaram feridos nas explosões, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha. A Holanda anunciou na rádio pública que 67 agentes humanitários holandeses partiriam para Beirute na noite desta quarta-feira, incluindo médicos, policiais e bombeiros.
O Reino Unido disse que está pronto para "prestar apoio de qualquer maneira possível, inclusive aos cidadãos britânicos afetados", twittou o primeiro-ministro Boris Johnson. O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, garantiu no Facebook que seu país "fará todo o possível para ajudar". O Canadá fez o mesmo: "Estamos prontos para ajudá-lo", reagiu o primeiro-ministro Justin Trudeau, no Facebook e no Twitter.
Moscou compartilha "a dor do povo libanês", escreveu o presidente russo Vladimir Putin em um telegrama de condolências ao seu colega libanês Michel Aoun. O presidente do Líbano também recebeu um telefonema do presidente iraquiano Barham Saleh, que garantiu a solidariedade de seu país e se ofereceu para ajudar, além de uma carta de condolências do líder sírio Bashar al-Assad.
A mesma expressão de solidariedade foi repetida pela Argélia e pela Tunísia, onde o presidente Kais Saied dirigiu uma carta a Michel Aoun, expressando seu "apoio" a um "povo fraterno". O líder da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, expressou suas "sinceras condolências" e pediu que sejam encontrados os "responsáveis" por essas "terríveis explosões".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.