Redução de arsenal nuclear dos EUA é condição da China para tratar do tema
Pequim, 8 Jul 2020 (AFP) - A China disse nesta quarta-feira (8) que está "disposta" a participar de negociações com os Estados Unidos e a Rússia sobre desarmamento nuclear, como exige Washington, se este último concordar em "reduzir seu arsenal ao nível chinês", 18 vezes menor.
Americanos e russos se reuniram no final de junho em Viena para tentar prorrogar o novo tratado bilateral START, adotado em 2010 e que termina em 5 de fevereiro de 2021.
Os Estados Unidos querem incluir a China nas negociações, pois consideram que sua capacidade nuclear está em plena expansão. Pequim se nega e ressalta que seu arsenal não tem nada a ver com as capacidades nucleares dos então rivais da Guerra Fria.
Em 2020, os americanos possuem 5.800 ogivas nucleares, e os russos, 6.375, em comparação com 320 chinesas, 290 francesas e 21 britânicas, segundo o Instituto Internacional de Estocolmo para Pesquisa da Paz (SIPRI).
"Alegar que o pequeno número de ogivas nucleares da China é uma ameaça para a segurança americana, quando eles têm cerca de 6.000, é ilógico", afirmou o diretor-geral do Serviço de Controle de Armamentos do governo chinês, Fu Cong, nesta quarta-feira.
"Garanto a vocês que, se os Estados Unidos estiverem dispostos a reduzir seu arsenal ao nível chinês, estaremos prontos para participar das negociações imediatamente", disse Fu a repórteres.
O responsável aposta na extensão do Novo START e em uma redução significativa dos arsenais russos e americanos, circunstâncias que favorecerão outras nações que possuem a arma atômica a querer negociar.
O New START, que faz parte do desarmamento progressivo previsto pelo Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) de 1968, limita o número de lançadores de mísseis nucleares estratégicos para 700, e o de ogivas nucleares, para 1.550.
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