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Cepa de Covid-19 de Pequim pode ter vindo do sudeste da Ásia, diz estudo de Harvard

02/07/2020 12h01

XANGAI (Reuters) - Uma cepa de Covid-19 que infectou mais de 300 pessoas em Pequim desde o início de junho pode ter vindo do sul ou do sudeste da Ásia, de acordo com um estudo de pesquisadores da Universidade de Harvard.

O surto de Pequim provocou temores a respeito da vulnerabilidade da China a uma "segunda onda" de infecções. O vírus encontrado nos casos de Pequim é uma variedade importada da Covid-19, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China.

O estudo de Harvard, divulgado no site pré-publicação medRxiv.org na terça-feira e ainda não revisado pela comunidade científica, tirou três sequências de genoma do SARS-CoV-2 coletados em Pequim no mês passado e os comparou com 7.643 amostras de todo o mundo.

Os três genomas mostraram maior semelhança com casos da Europa entre fevereiro e maio e com casos do sul ou do sudeste da Ásia entre maio e junho.

Eles também eram semelhantes a um número pequeno de infecções visto na China em março, o que sugere que a cepa pode ter aparecido primeiro na China e depois voltado ao país três meses mais tarde, disseram os autores.

"Como os casos mais recentes nestes setores são quase exclusivamente do sul(sudeste) da Ásia, isto sugere que os casos novos em Pequim foram reintroduzidos por transmissões do sul(sudeste) da Ásia", escreveram.

O surto localizado no mercado atacadista de Xinfadi em Pequim no dia 11 de junho havia infectado 329 pessoas até o final de quarta-feira.

Restrições de quarentena e exames em larga escala dos moradores começaram assim que os primeiros casos foram identificados, e a China também exigiu que todas as remessas de carne importada fossem examinadas para detecção de Covid-19 antes de saírem de seus portos de origem.

(Por David Stanway)

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