China afirma que lei aprovada nos EUA tem objetivo de "destruir Hong Kong"
Um dia após a adoção pelo Congresso americano de uma lei que apoia os manifestantes pró-democracia em Hong Kong, o governo chinês reage com indignação nesta quinta-feira (21). Para Pequim, o objetivo do texto aprovado em Washington é "semear o caos ou inclusive destruir Hong Kong".
O ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, advertiu que a decisão do Congresso americano é um estímulo aos "criminosos violentos". O chefe da diplomacia da China acrescentou que seu país "nunca permitirá o prejuízo à prosperidade e estabilidade de Hong Kong, nem ao princípio de 'um país, dois sistemas'".
Já o porta-voz da diplomacia chinesa, Geng Shuang, afirmou que Pequim está pronto para reagir "com determinação". "Condenamos com veemência e nos opomos firmemente à adoção de projetos de lei relacionados com Hong Kong", reiterou.
Revisão do status econômico especial
A Lei de Direitos Humanos e Democracia de Hong Kong foi adotada pela Câmara de Representantes por 417 votos contra um. O Senado havia aprovado a medida na terça-feira (19) por unanimidade. O texto prevê que o presidente americano revise anualmente o status econômico especial que Washington atribui à ex-colônia britânica, atualmente um território chinês semiautônomo.
A lei ainda deverá ser promulgada por Donald Trump, que também tem poder de barrá-la. No entanto, o forte apoio dos senadores implica que um eventual veto poderia ser anulado na Câmara alta.
Na quarta-feira (20), a Câmara também aprovou por ampla maioria uma legislação adotada pelo Senado que proíbe a venda de gases lacrimogêneos, balas de borracha e outros equipamentos utilizados pelas forças de segurança de Hong Kong.
Cinco meses de protestos
A ex-colônia britânica, devolvida à soberania chinesa em 1997, é um território semiautônomo que conserva um sistema político e econômico próprio. Desde junho, Hong Kong é cenário de um grande movimento de protesto que começou com a rejeição de um projeto de lei, depois abandonado, que pretendia autorizar extradições para a China continental.
Desde então, os manifestantes ampliaram suas reivindicações para exigir reformas democráticas e a diminuição da interferência do governo de Pequim no território.
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