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Santiago e outras cidades do Chile são palcos de novos protestos

21/10/2019 16h28

Santiago (Chile), 21 out (EFE).- Milhares de chilenos começaram a se concentrar em diferentes locais de Santiago nesta segunda-feira em novos protestos contra o governo de Sebastián Piñera, um movimento majoritariamente pacífico, mas já há registros de alguns incidentes entre manifestantes e as forças de segurança.

O maior grupo está na praça Itália, no centro de Santiago. Depois da concentração, os manifestantes começaram a caminhar por uma das avenidas que vão para o leste da cidade, cantando músicas do artista chileno Víctor Jara e palavras de ordem contrárias à violência.

Em alguns momentos da caminhada, porém, houve confronto. As forças de segurança lançaram bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes e algumas estações da linha 1 do metrô de Santiago, a única em funcionamento hoje, foram fechadas.

Em outras regiões da capital, como a praça Ñuñoa, palco ontem de uma manifestação pacífica, centenas de pessoas voltaram a se reunir e traziam consigo panelas para protestar contra as desigualdades do país.

Os protestos também ocorrem em outras cidades, como Valparaíso, na região central do Chile, e Concepción, no sul do país. Em ambas, desde cedo, houve confrontos entre os moradores e as forças de segurança, fazendo com que o Exército decretasse toques de recolher.

Santiago tenta aos poucos recuperar a normalidade depois de três dias de intensos protestos contra o governo de Piñera. Para dar a impressão de que a cidade voltava à sua rotina normal nesta segunda-feira, uma das linhas de metrô foi aberta e mais ônibus foram colocados nas ruas para que os moradores fossem trabalhar com tranquilidade.

Os supermercados, que ficaram fechados nos últimos dias devido às tentativas de saques durante os protestos, reabriram hoje com apoio dos militares, que organizaram o acesso aos estabelecimentos. Várias filas se formaram no lado de fora das unidades das principais redes do país, em uma corrida da população para estocar alimentos.

O reajuste do preço da passagem do metrô motivou a onda de protestos contra Piñera, mas os manifestantes incluíram na pauta dos protestos os problemas da saúde pública, das aposentadorias e do sistema educacional do Chile.

A violência protagonizada por pequenos grupos de manifestantes já deixou 11 mortos, forçando Piñera a decretar estado de emergência em Santiago e toques de recolher em várias cidades do país. EFE

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