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ONGs afirmam que noite de protestos no Egito terminou com 150 detidos

21/09/2019 17h27

Cairo, 21 set (EFE).- Pelo menos 150 manifestantes foram detidos durante os insólitos protestos que na noite de sexta-feira em diversos pontos do Egito contra o presidente, Abdul Fatah Al Sisi, de acordo com informações de ONGs egípcias.

O advogado Mukhtar Munir, da ONG Associação para a Liberdade de Pensamento e Expressão (AFTE) acusou neste sábado que as detenções "de jovens que estavam na praça Tahrir e arredores" foram aleatórias.

A ONG Centro Egípcio para os Direitos Sociais e Econômicos recebeu denúncias de detenções de 45 pessoas que participaram dos protestos no Cairo, Alexandria, Dumiat e Mahala.

As manifestações aconteceram após uma convocação realizada nas redes sociais pelo empresário e ator Mohamed Ali, cujos vídeos e denúncias na internet impactaram a opinião pública egípcia.

Os manifestantes se reuniram em pequenos protestos no local que serviu de epicentro da Primavera Árabe, em 2013, no Cairo. A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar o protesto, como presenciou a Agência Efe.

Embora a manifestação não tenha reunido uma grande quantidade de pessoas, as redes sociais destacaram a incomum concentração em um país em que os corpos de segurança atuam de forma incisiva diante de qualquer sinal de manifestação contra o governo.

De Barcelona, onde diz que reside, Ali sacudiu as redes sociais de seu país com duras acusações de corrupção ao presidente que acabaram viralizando.

O próprio Sisi respondeu a elas, ao afirmar que os projetos realizados nos últimos cinco anos pelo seu governo são da nação e que as acusações contra ele são "mentiras".

ONGs como a Human Rights Watch criticaram duramente o governo egípcio pela repressão, e chegaram a rotular o país como "uma prisão ao ar livre". EFE

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