Parlamento do Equador aprova saída do país da Unasul
Quito, 17 set (EFE).- A Assembleia Nacional do Equador aprovou nesta terça-feira um resolução que denuncia o tratado da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), o que abre o caminho para a saída definitiva do país da organização regional.
Com 79 votos a favor, 36 contrários e quatro abstenções, os parlamentares equatorianos deram sinal verde para o texto elaborado pela Comissão de Relações Exteriores da Assembleia Nacional.
A resolução diz que a Unasul descumpriu os objetivos de integração para a qual foi criada e que foi usada como plataforma ideológica por governos de outros países.
A crise na organização começou em 2017, quando os 12 países-membros da Unasul não chegaram a um acordo sobre a escolha de um novo secretário-geral.
A situação se agravou pelas diferenças entre os governos sobre a crise da Venezuela e entrou em uma fase crítica em abril do ano passado, quando Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru suspenderam a participação e deixaram de financiar o bloco.
Após a aprovação da resolução pelo plenário da Assembleia Nacional, a resolução será agora enviada ao presidente do Equador, Lenín Moreno, que anunciará formalmente a intenção do país de deixar da organização. A saída só será formalizada seis meses depois do anúncio.
A sede da Unasul foi construída em Quito. Moreno já informou que o prédio será transformado em uma universidade.
Em março, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai e Peru se reuniram em Santiago para anunciar a criação do Prosul, um bloco para substituir a Unasul.
Bolívia, Guiana, Suriname, Uruguai e Venezuela seguem como integrantes da Unasul. EFE
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