Privatização da Eletrobras não prevê "ação de ouro", diz ministro
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse hoje (22) que a proposta do governo de privatização da Eletrobras não prevê a chamada "ação de ouro" (ou golden share, como é conhecida), que dá poder de veto a decisões consideradas relevantes.
"Vai depender do Congresso Nacional. Na nossa proposta não tem golden share", disse o ministro, após participar do lançamento do Reate 2020 - Programa de Revitalização da Atividade de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres.
Segundo o ministro, a ideia é que a União deixe de ter o controle acionário da empresa estatal de energia. Ele acrescentou que o modelo de capitalização passará por um projeto de lei.
"Ainda não decidimos se vamos aproveitar o que está em tramitação no Congresso ou se vamos apresentar num projeto de lei", afirmou Bento Albuquerque, que ontem (21) reuniu-se com o ministro da Economia, Paulo Guedes, com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e com líderes partidários para apresentar os estudos da capitalização da companhia.
Nesta quarta-feira, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, informou que a Eletrobras, as Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasaminas), a Casa da Moeda, o Porto de São Sebastião e a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) também estão incluídos no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Segundo ele, os decretos de privatização dessas companhias podem sair nos próximos dias.
A informação foi divulgada durante anúncio, no Palácio do Planalto, de que nove empresas federais serão incluídas no Plano Nacional de Desestatização. O governo abriu estudos ou atualizou normas para que os Correios e mais oito companhias da União sejam privatizadas (total ou parcialmente) ou firmem parcerias com a iniciativa privada.
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