Casa Branca divulga agenda de reuniões bilaterais de Trump no G7
Washington, 22 ago (EFE).- A Casa Branca divulgou nesta quinta-feira a agenda de reuniões bilaterais que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá durante a cúpula do G7, que será realizada de amanhã a segunda-feira na cidade de Biarritz, na França.
Trump se encontrará com os primeiros-ministros do Reino Unido, Boris Johnson, do Japão, Shinzo Abe, e da Índia, Narendra Modi. A programação também prevê reuniões com o presidente da França, Emmanuel Macron, e com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, com quem o presidente americano discutirá como acelerar o crescimento econômico global.
O último compromisso será com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, para conversar sobre o processo para ratificar o T-MEC, acordo assinado pelos dois países e o México para substituir o Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta). Outro assunto da pauta é a crise da Venezuela.
A reunião mais esperada será a com Johnson, apoiado por Trump nas eleições internas do Partido Conservador para substituir Theresa May como premiê do Reino Unido. Os dois ainda não se encontraram pessoalmente desde que o ex-prefeito de Londres assumiu o cargo em julho e devem tomar café da manhã juntos no domingo.
"Eles conversarão a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) que está próxima, o que significa que falarão sobre a possibilidade de acordos de livre-comércio que nossos países podem firmar uma vez que o Brexit se materialize", disse uma fonte da Casa Branca.
Já o encontro mais tenso deve ser com Macron. Segundo funcionários do governo americano, Trump planeja repreender o presidente francês pela criação de um imposto sobre a receita dos serviços digitais das grandes empresas de tecnologia do país, como Google e Facebook.
Trump já ameaçou adotar "ações recíprocas" em julho e chamou Macron de "estúpido" por anunciar o imposto. A intenção do presidente americano é usar a reunião em Biarritz para reclamar da medida vista como "completamente contraproducente" pela Casa Branca.
O clima não deve ser melhor na reunião com Merkel, a quem Trump deve pedir uma maior contribuição para o financiamento da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e uma diminuição da dependência da energia produzida pela Rússia.
Em um momento de inquietação nos mercados sobre a possibilidade de recessão nos Estados Unidos, Trump defenderá a economia do país em Biarritz, contratando os dados com o que está ocorrendo na Europa, onde o crescimento está estagnado.
Segundo fontes da Casa Branca, pelo fato de o G7 funcionar "por consenso", o governo dos EUA não deve propor a reincorporação da Rússia à cúpula, mas planeja conversar sobre o assunto na reunião. O país foi expulso do bloco em 2014 após a anexação da Crimeia.
Outra reunião que gera expectativa é entre Trump e Modi devido às recentes tensões entre Índia e Paquistão pelo território disputado da Caxemira.
O presidente americano tem se oferecido como mediador do conflito e planeja perguntar ao premiê indiano quais são os planos para resolver a situação com os vizinhos. EFE
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