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Witzel troca aliado de Flávio Bolsonaro por ex-assessor de Garotinho

18.dez.2018 - A primeira-dama do Rio, Helena Witzel, enxuga o suor de Wilson Witzel durante cerimônia de diplomação - Pablo Jacob/ Agência O Globo
18.dez.2018 - A primeira-dama do Rio, Helena Witzel, enxuga o suor de Wilson Witzel durante cerimônia de diplomação Imagem: Pablo Jacob/ Agência O Globo
do UOL

Gabriel Sabóia e Igor Mello

Do UOL, no Rio

17/07/2019 11h02

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), exonerou Gutemberg de Paula Fonseca do cargo de secretário de Governo no Diário Oficial de hoje. No lugar Gutemberg, que era o articulador político do governo, Witzel nomeou Cleiton de Souza Rodrigues. Chefe de gabinete do governador, Rodrigues passa agora a acumular as duas funções.

De acordo com Witzel, o motivo para a troca foi "a insatisfação com os resultados apresentados em pouco mais de seis meses no cargo". Funcionários do Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, dizem, contudo, que a relação entre eles não estava boa.

Indicado ao cargo pelo senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) --o principal apoiador da campanha de Witzel--, o ex-árbitro de futebol atuou no marketing digital de candidatos do PSL nas últimas eleições e era visto como um nome alinhado à bancada de 12 deputados eleitos pelo PSL para a Alerj.

O novo secretário, Cleiton Rodrigues, por sua vez, é um antigo aliado do ex-governador Anthony Garotinho (PRP), já tendo exercido as coordenações das suas campanhas ao governo do estado em 2014 e 2018.

Em novembro, quando anunciou Gutemberg como titular de uma das suas principais pastas, o governador não escondeu que a escolha se devia a articulações políticas.

"Ele tem a missão de reconstruir moralmente a Assembleia Legislativa, atingida pela corrupção. Ele vai me ajudar na interlocução e com uma base de deputados estaduais que vai nos ajudar nessa costura. (...) Ele foi árbitro de futebol, está acostumado a tomar decisões em segundos, expulsando ídolos. Esse tem coragem", afirmou Witzel na ocasião.

No período em que esteve à frente da Secretaria de Governo, Gutemberg articulou a ampliação de programas como o Segurança Presente (que foi ampliado para bairros da capital e será expandido aos 13 municípios da Baixada Fluminense após parceria com a Alerj), a Operação Lei Seca e a Barreira Fiscal (programa de combate à sonegação fiscal no ingresso de mercadorias no RJ).

Witzel defendeu a nomeação do seu chefe de gabinete. "Cleiton é muito experiente, já trabalhou com articulação política e tem se mostrado pessoa de grande conhecimento", resumiu.

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