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Prévia da inflação acelera para 0,54%, a maior para março desde 2015

do UOL

Mariana Bomfim

Do UOL, em São Paulo

26/03/2019 09h02

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), acelerou para 0,54% em março, após ter ficado em 0,34% em fevereiro. Foi a maior alta de preços para o mês desde 2015 (1,24%).

O acumulado no ano ficou em 1,18% e, nos últimos 12 meses, em 4,18%. Em março de 2018, a taxa havia sido de 0,1%. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Feijão carioca sobe 41,44%

O maior aumento de preços foi o do grupo de alimentos e bebidas (+1,28%), puxado principalmente pelo feijão carioca (+41,44%). Foi o produto com o maior impacto individual na inflação.

Também subiram os preços da batata (+25,59%), do tomate (+16.73%), das frutas (+2,74%) e do leite longa vida (+2,35%).

Passagem aérea 7,54% mais cara

Os custos com transporte (+0,59%) também pesaram na prévia de março. Ficaram mais caras sobretudo as passagens aéreas (+7,54%), o etanol (+2,64%) e as passagens de ônibus urbanos (+0,73%).

Juros X Inflação

Os juros são usados pelo BC para tentar controlar a inflação. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar a queda dos preços. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para estimular o consumo.

Neste mês, o Comitê de Política Monetária do BC decidiu manter a taxa de juros em 6,5% ao ano, no menor nível da história (o Copom foi criado em 1996).

Metodologia

O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, considerada a inflação oficial; a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

(Com Reuters)

Por que a inflação no nosso bolso parece maior do que a inflação oficial?

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