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Cantora gospel brasileira diz que marido foi preso pela imigração nos EUA

Lucas dos Santos Amaral foi preso pela imigração dos EUA segundo sua esposa, Suyanne Boechat - Reprodução/Instagram
Lucas dos Santos Amaral foi preso pela imigração dos EUA segundo sua esposa, Suyanne Boechat Imagem: Reprodução/Instagram
do UOL

Colaboração para o UOL, de Belo Horizonte

30/01/2025 18h12

A cantora gospel Suyanne Boechat denunciou pelas redes sociais a prisão do seu marido, Lucas dos Santos Amaral, pela imigração dos EUA na última segunda-feira (27). Eles moram em Marlborough, no estado de Massachusetts.

O que aconteceu

Homem, que é natural do Rio de Janeiro, foi preso pela ICE (Agência de Imigração e Alfândega dos EUA) poucos minutos depois de sair para ir trabalhar. Sua esposa, Suyanne Boechat, contou em uma transmissão ao vivo no perfil @classificados_de_marlborough no Instagram que ele foi parado numa blitz.

Uma blitz estava acontecendo. Lucas tinha saído de casa há cinco minutos. Ele estava passando e ele foi 'sorteado'. Ele me ligou na hora, o policial deixou ele ligar. Ele me ligou e disse que eu precisava ir buscar o carro porque a imigração tinha pegado ele e ele não sabia o que ia acontecer. Suyanne Boechat, em live

Lucas estaria ilegal nos EUA, segundo a polícia. A cantora afirmou que ele chegou ao país com um visto, mas que já tinha vencido. "Ele não passou pelo México, ele não deve deportação, não teve corte. A gente paga imposto, a gente vive muito tranquilo."

Família espera que o ICE libere Lucas por meio de fiança. Ele e Suyanne têm uma filha de 3 anos, e a mulher está esperando o segundo filho do casal. Lucas está detido na Casa de Correção do Condado de Plymouth, de acordo com o portal local GBH.

Os policiais afirmaram ao homem que o pararam pois ele tinha o perfil de alguém que eles estavam procurando. Agentes afirmaram que não era ele a pessoa, mas quando investigaram pelo seu nome, descobriram a pendência em relação ao visto e, por isso, o levaram sob custódia.

O senador democrata Jamie Eldridge e a igreja Lagoinha Leominster estão auxiliando a família. Eles ajudaram na contratação de um advogado para tentar resolver a situação de Lucas.

A gente está literalmente focado em tirar o Lucas de lá. Então estou gastando todas as minhas energias nisso, todo o meu tempo nisso, tudo que eu tenho nisso. Orando intensamente por isso. Suyanne, em postagem nas redes sociais

UOL entrou em contato com o Itamaraty para saber se o governo brasileira está ciente da situação de Lucas e aguarda um retorno.

Trump e políticas anti-imigração

Políticas anti-imigração foram uma das principais promessas de campanha do presidente dos EUA, Donald Trump, durante as eleições. Já no 1° dia de governo, Trump declarou emergência nacional na fronteira com o México. Ele assinou uma ordem executiva para "proteger" os americanos "contra a invasão" de migrantes pela fronteira com o México, e mais uma para eliminar o direito à cidadania no nascimento. Esta última ordem foi bloqueada por um juiz federal, que a considerou "flagrantemente inconstitucional".

Segundo informações divulgadas pelo jornal Washington Post, o governo Trump estabeleceu uma meta diária de prisões de imigrantes ilegais a serem cumpridas pelo ICE. De acordo com a reportagem, os agentes do ICE devem capturar entre 1.200 e 1.500 imigrantes ilegais todos os dias em todo os EUA. Trump estaria decepcionado com um suposto baixo número de imigrantes presos.

Meta é de 75 prisões diárias por escritório. De acordo com o jornal americano, os agentes podem responder por não atingirem a meta. Há, ao todo, 24 escritórios regionais do ICE espalhados pelos EUA, além de pelo menos outras 400 instalações locais.

"Czar da fronteira" elogiou prisões. Tom Homan, homem escolhido por Trump para tocar o plano de deportação em massa e controlador da fronteira do país com o México, afirmou que agentes "não estão varrendo bairros, como algumas pessoas estão tentando insinuar".

Na quarta-feira (29), Trump assinou a primeira lei anti-imigração do seu mandato. O "Ato Laken Riley" força as autoridades americanas a prender e deportar imigrantes ilegais acusados ou condenados por crimes não violentos, como furto.

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