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Celeiro de golpes: acesso a dados das redes sociais é 'irrelevante'

Reprodução/NetLab UFRJ
Imagem: Reprodução/NetLab UFRJ
do UOL

Renato Pezzotti

Colaboração para o UOL, em Piracicaba (SP)

24/01/2025 08h01

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No começo do ano, a Meta anunciou que acabará com o sistema de checagem de fatos feita por terceiros —ou seja, a desinformação e a disseminação de conteúdos falsos vão continuar crescendo nas redes sociais.

Toda a sociedade sofre com as consequências, mas as marcas também enfrentarão muitos riscos em anunciar dentro de ambientes considerados 'não-seguros'.

Nestes lugares, as pessoas são constantemente suscetíveis a golpes e isso impacta diretamente as relações de consumo: um estudo da Silverguard aponta que nada menos do que 8 a cada 10 golpes aplicados começam nas redes sociais e de mensageria da Meta, por exemplo.

E os dados, principalmente relacionados às marcas e anunciantes, estão cada vez mais escassos.

Segundo o ITD (índice de transparência de dados das plataformas de redes sociais), criado pelo NetLab UFRJ, nenhuma plataforma avaliada alcança uma pontuação ideal no que diz respeito às medidas de transparência e de acesso a dados e à qualidade dos dados retornados.

No estudo, foram analisados 40 parâmetros, em diferentes critérios, das seguintes redes: YouTube, Facebook, Instagram, X/Twitter, Telegram, TikTok, Kwai e WhatsApp.

De todas essas plataformas, apenas o YouTube possui dados que podem ser considerados 'satisfatórios' (veja abaixo):

netlab - Reprodução - Reprodução
ITD (índice de transparência de dados das plataformas de redes sociais), criado pelo NetLab UFRJ
Imagem: Reprodução

Para ampliar o debate sobre o tema, a Abap (associação brasileira das agências de publicidade) realizou nesta semana um evento para divulgar os números do relatório produzido pelo NetLab UFRJ, laboratório de estudos de internet e redes sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O estudo foi criado a pedido da Senacom (Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública).

O webinar, apresentado por Marie Santini (fundadora do NetLab) e Marcio Borges (pesquisador do NetLab e vice-presidente da agência WMcCann), focou na metodologia do relatório e apresentou números finais do estudo.

Os mecanismos de hoje deixam todos vulneráveis. Nada é rastreável. É quase um incentivo para os golpistas. E, muitas vezes, transferimos a responsabilidade para os usuários. No momento, estamos apenas pedindo transparência. Precisamos reconhecer que o problema existe para tentar saná-lo.
Marcio Borges, vice-presidente da agência WMcCann

Precisamos de outros porta-vozes, outros disseminadores deste conteúdo. As pessoas precisam entender o que está acontecendo. Um dos pontos mais complicados é a descredibilização de todas as instituições e de todos os especialistas.
Marie Santini, fundadora do NetLab

Os dados completos e a metodologia podem ser encontrados no site do laboratório.

Viu essas?

Marcas mais
A Brand Finance divulgou seu ranking de marcas mais valiosas durante o Fórum Econômico Mundial. A Apple, de novo, ficou na 1ª posição, avaliada em US$ 574,5 bilhões. A Microsoft ficou em 2º. O Google completa o pódio. Apenas 2 marcas brasileiras estão entre as 500 primeiras do estudo: o Itaú, na 274ª posição, e o Banco do Brasil, em 467º lugar.

Chocolate
Enquanto isso, no BBB, as marcas se digladiam pela atenção do público. Por enquanto, quem comemora é a Nestlé. Isso porque a musa fitness Gracyanne Barbosa, uma das famosas da edição, comeu um dos chocolates da marca no programa - e isso não seria importante, caso ela não tivesse contado que não comia chocolate 'há 20 anos'.

De casa nova
Luiz Sanches é o novo global chief creative & design officer da Kimberly-Clark, dona de marcas como Hugghies e Intimus. O publicitário, que deixou a sociedade da AlmapBBDO em setembro, foi convidado para atuar na multinacional a convite da brasileira Patricia Corsi, global chief growth officer do anunciante desde junho de 2024.

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