Trump acaba com home office para funcionários federais dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na segunda-feira (20) uma série de decretos como primeiro ato do seu segundo mandato na Casa Branca. Um deles foi o fim do trabalho em regime de home office para funcionários do governo federal.
A medida gerou um pico de interesse nas buscas pela internet, segundo dados do Google Trends.
O que aconteceu
Trump orientou os líderes de todos os departamentos e agências do poder executivo a adotarem as medidas necessárias para encerrar o trabalho remoto. Com isso, os funcionários federais deverão retornar ao trabalho presencial em tempo integral.
A ordem executiva determina que os chefes dos departamentos realizem a transição "o mais rápido possível". No entanto, a medida concede aos líderes do poder executivo autonomia para implementar exceções conforme julgarem necessário.
Aliados de Trump disseram que a ordem de retorno ao trabalho presencial tem a intenção de ajudar a "destruir o serviço público". O objetivo seria tornar mais fácil para Trump substituir funcionários públicos de longa data por pessoas leais a ele.
Elon Musk já havia sugerido a medida em novembro de 2024. O texto foi publicado no Wall Street Journal, e leva a assinatura do bilionário dono da Tesla e do X (antigo Twitter), que foi apontado por Trump como chefe do "Departamento de Eficiência Governamental".
Exigir que os funcionários do governo compareçam ao escritório cinco dias por semana resultaria numa onda de demissões voluntárias que acolhemos com satisfação: se os funcionários federais não quiserem comparecer, os contribuintes americanos não deveriam pagá-los pelo privilégio de ficar em casa na 'era da covid'.
Elon Musk em artigo para o Wall Street Jounal
Trump também focou em outras mudanças no corpo de funcionários do governo. O novo presidente assinou, por exemplo, decretos que incluem o congelamento de contratações no governo e a suspensão de novas regulamentações federais.
"Implementarei um congelamento imediato das regulamentações, o que impedirá que os burocratas de Biden continuem a controlar", disse Trump. O republicano acrescentou que também "emitirá um congelamento temporário de contratações para garantir que estejamos contratando apenas pessoas competentes que sejam fieis ao público americano".
* Com informações da Reuters.