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Derrite: Atirador de Gritzbach foi identificado por reconhecimento facial

do UOL

Do UOL, em São Paulo, e Colunista do UOL, em São Paulo

16/01/2025 08h36

O cabo da PM preso por suspeita de ser autor dos disparos que mataram o delator Vinícius Gritzbach no Aeroporto Internacional de Guarulhos foi identificado por reconhecimento facial, informou o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, nesta quinta-feira (16).

O que aconteceu

Trabalho de reconhecimento facial foi feito após serviço da inteligência e da Corregedoria de PM. O secretário falou sobre as investigações em entrevista à TV Globo.

Motivação do crime ainda não foi descoberta, segundo secretário. As identidades dos presos também não foram divulgadas pela polícia.

Após o trabalho de inteligência, restou o trabalho de reconhecimento facial, de imagens divulgadas após o assassinato, para ter a comprovação de quem era realmente o atirador. Conseguimos identificá-lo, qualificá-lo e foi só o tempo de solicitar à justiça a prisão.
Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo, à TV Globo

Governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) comemorou as prisões. Nas redes sociais, o político afirmou que desvios de conduta de policiais serão punidos.

Prisão de policiais aconteceu nesta quinta-feira (16). O cabo que teria atirado contra o delator e outras 12 pessoas foram presas na Operação Prodotes, deflagrada para desarticular o envolvimento de PMs com narcotraficantes ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital). Outros dois agentes também têm mandados de prisão e são procurados.

Também estão entre os alvos os nove policiais que atuaram na escolta do empresário. São eles: Giovani de Oliveira Garcia; Wagner de Lima Compri Eicardi; Leandro Ortiz; Adolfo Oliveira Chagas; Samuel Tillvitz da Luz; Romarks César Ferreira Lima; Jefferson Silva Marques de Souza; Talles Rodrigues Ribeiro e Alef de Oliveira Moura.

Relembre o caso

Antônio Vinícius Lopes Gritzbach era ameaçado de morte pelo PCC e pivô de uma guerra interna na facção criminosa. O empresário foi atingido por quatro disparos ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos em 8 de novembro.

O veículo usado no crime foi abandonado nas imediações do aeroporto. Dentro dele, havia munição de fuzil e um colete à prova de balas.

Além de Gritzbach, outra pessoa morreu e duas ficaram feridas. O motorista Celso Araújo Sampaio de Novais, 41, foi levado para a UTI após ser atingido por um tiro nas costas, mas não resistiu e morreu no sábado (9). Samara Lima de Oliveira, 28, e o funcionário de uma empresa terceirizada do aeroporto, Willian Sousa Santos, 39, também foram socorridos ao Hospital Geral de Guarulhos.

Nenhum dos três tinha ligação com o empresário assassinado, disse a polícia. William sofreu ferimentos na mão direita e ombro e ficou em observação. Samara, atingida superficialmente no abdômen, já recebeu alta médica.

Gritzbach era ameaçado de morte e havia recompensa por sua execução. Ele era acusado de ser o mandante da morte de um narcotraficante ligado ao PCC e também por delatar ao Ministério Público de São Paulo policiais civis envolvidos em casos de corrupção. Em abril, ele entregou ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado) um áudio de uma conversa entre dois interlocutores negociando a morte dele por R$ 3 milhões.

O empresário era réu pelos assassinatos de dois homens: Anselmo Becheli Santa Fausta, 38, o Cara Preta, criminoso influente no PCC — além do motorista de Cara Preta, Antônio Corona Neto, 33, o Sem Sangue. A dupla foi morta a tiros em dezembro de 2021 no Tatuapé, zona leste de São Paulo. Noé Alves Schaum, 42, acusado de ser o executor do crime, foi assassinado em janeiro de 2022, no mesmo bairro.

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