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EUA e UE anunciam sanções contra oficiais e juízes venezuelanos

do UOL

Do UOL, em São Paulo

10/01/2025 20h31Atualizada em 11/01/2025 12h18

Os Estados Unidos, a União Europeia, o Reino Unido e o Canadá anunciaram sanções econômicas contra membros e aliados do governo de Nicolás Maduro, que assumiu a presidência hoje (10) após declarar vitória nas eleições de julho de 2024, com resultados sob suspeita.

O que aconteceu

Sanções são "demonstração de solidariedade com povo venezuelano", dizem EUA. O Gabinete de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro, em sua publicação, afirma que a medida eleva "os esforços internacionais para manter a pressão sobre Maduro e seus representantes".

Medida impede que sancionados tenham acesso a bens nos Estados Unidos. As sanções bloqueiam todos os bens e propriedades dos alvos das sanções nos EUA. Além disso, instituições financeiras e outras pessoas que se envolvam com "determinadas transações ou atividades" com os alvos podem receber novas sanções.

Maduro e aliados sempre consideraram sanções "equivalentes à guerra econômica". O presidente já disse que essas se tratam de medidas ilegítimas projetadas para prejudicar a Venezuela

Alvos dos EUA são presidentes de estatais e chefes de polícia. A lista é a seguinte:

  • Hector Andres Obregon Perez, presidente da Petroleos de Venezuela;
  • Ramon Celestino Velasquez Araguayan, presidente do Consórcio Venezuelano de Indústrias Aeronáuticas e Serviços Aéreos;
  • Felix Ramon Osorio Guzman, vice-ministro de Política Interior e Segurança Jurídica do Ministério do Interior;
  • Danny Ramon Ferrer Sandrea, vice-ministro do Sistema Integrado de Investigações Penais do Ministério do Interior de Maduro;
  • Douglas Arnoldo Rico Gonzalez, diretor do CICPC (Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminais);
  • Jhonny Rafael Salazar Bello, vice-diretor do CICPC;
  • Manuel Enrique Castillo Rengifo, subcomandante do Comando de Operações Estratégicas;
  • Jose Ramon Figuera Valdez, comandante da Zona de Defesa Integral.

Reino Unido acusou sancionados de violações de direitos humanos e por minar a democracia e o Estado de direito. Os sancionados incluem juízes e autoridades de segurança e militares, disse o Ministério das Relações Exteriores britânico em um comunicado. Eles não poderão viajar ao Reino Unido e terão bens bloqueados nos países que o compõe. Veja a lista dos sancionados:

  • Asdrubal José Brito Hernandez, Diretor de Investigações Criminais da Direção-Geral de Contra-Inteligência Militar;
  • Calixto Antonio Ortega Rios, Juiz do Supremo Tribunal de Justiça;
  • Carlos Enrique Quintero Caves, Vice-presidente do Conselho Nacional Eleitoral;
  • Caryslia Beatriz Rodriguez Rodriguez, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça;
  • Domingo Antonio Hernández Lárez, Comandante-em-Chefe das Forças Armadas; Nacionais Bolivarianas e Comandante da Região de Defesa Integral Estratégica da Capital;
  • Elio Ramon Estrada Paredes, Comandante da Guarda Nacional Bolivariana;
  • Fanny Beatriz Márquez Cordero, Vice-Presidente do Supremo Tribunal de Justiça;
  • Inocêncio Antonio Figueroa Arizaleta, a Juiz do Supremo Tribunal de Justiça;
  • Juan Carlos Hidalgo Pandares, Juiz do Tribunal Supremo de Justiça;
  • Lourdes Benicia Suarez Anderson, Juíza do Supremo Tribunal de Justiça;
  • Luis Fernando Damiani Bustillos, Juiz do Supremo Tribunal de Justiça;
  • Malachi Gil Rodriguez, Juiz do Supremo Tribunal de Justiça;
  • Miguel Antonio Munoz Palacios, Diretor Adjunto do Serviço Nacional de Inteligência Bolivariano;
  • Rosalba Gil Pacheco, Reitora Titular do Conselho Nacional Eleitoral;
  • Tania d'Amelio Cardiet, juíza do Supremo Tribunal de Justiça.

União Europeia condenou "repressão da sociedade civil". A entidade incluiu 15 oficiais do Conselho Eleitoral da Venezuela, juízes e membros de Forças Armadas, sem os nomear ao público. Os sancionados sofrem agora com congelamento de ativos e proibição de fornecimento de fundos ou recursos econômicos, tanto direta quanto indiretamente, aos listados. Além disso, não podem viajar a países-membros da União Europeia.

Canadá diz reconhecer vitória de Edmundo González nas urnas e que sanções são mensagem de respeito a povo venezuelano. Elass têm como alvo 14 atuais e antigos funcionários do governo venezuelano que "se envolveram em atividades que direta ou indiretamente apoiaram violações de direitos humanos na Venezuela".

Desde a eleição do ano passado, Maduro e seus associados continuaram suas ações repressivas na Venezuela. Os Estados Unidos, juntamente com nossos parceiros de mentalidade semelhante, estão solidários com o voto do povo venezuelano para uma nova liderança e rejeitam a alegação fraudulenta de vitória de Maduro. Bradley T. Smith, Subsecretário interino do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira

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