EUA e UE anunciam sanções contra oficiais e juízes venezuelanos
Os Estados Unidos, a União Europeia, o Reino Unido e o Canadá anunciaram sanções econômicas contra membros e aliados do governo de Nicolás Maduro, que assumiu a presidência hoje (10) após declarar vitória nas eleições de julho de 2024, com resultados sob suspeita.
O que aconteceu
Sanções são "demonstração de solidariedade com povo venezuelano", dizem EUA. O Gabinete de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro, em sua publicação, afirma que a medida eleva "os esforços internacionais para manter a pressão sobre Maduro e seus representantes".
Medida impede que sancionados tenham acesso a bens nos Estados Unidos. As sanções bloqueiam todos os bens e propriedades dos alvos das sanções nos EUA. Além disso, instituições financeiras e outras pessoas que se envolvam com "determinadas transações ou atividades" com os alvos podem receber novas sanções.
Maduro e aliados sempre consideraram sanções "equivalentes à guerra econômica". O presidente já disse que essas se tratam de medidas ilegítimas projetadas para prejudicar a Venezuela
Alvos dos EUA são presidentes de estatais e chefes de polícia. A lista é a seguinte:
- Hector Andres Obregon Perez, presidente da Petroleos de Venezuela;
- Ramon Celestino Velasquez Araguayan, presidente do Consórcio Venezuelano de Indústrias Aeronáuticas e Serviços Aéreos;
- Felix Ramon Osorio Guzman, vice-ministro de Política Interior e Segurança Jurídica do Ministério do Interior;
- Danny Ramon Ferrer Sandrea, vice-ministro do Sistema Integrado de Investigações Penais do Ministério do Interior de Maduro;
- Douglas Arnoldo Rico Gonzalez, diretor do CICPC (Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminais);
- Jhonny Rafael Salazar Bello, vice-diretor do CICPC;
- Manuel Enrique Castillo Rengifo, subcomandante do Comando de Operações Estratégicas;
- Jose Ramon Figuera Valdez, comandante da Zona de Defesa Integral.
Reino Unido acusou sancionados de violações de direitos humanos e por minar a democracia e o Estado de direito. Os sancionados incluem juízes e autoridades de segurança e militares, disse o Ministério das Relações Exteriores britânico em um comunicado. Eles não poderão viajar ao Reino Unido e terão bens bloqueados nos países que o compõe. Veja a lista dos sancionados:
- Asdrubal José Brito Hernandez, Diretor de Investigações Criminais da Direção-Geral de Contra-Inteligência Militar;
- Calixto Antonio Ortega Rios, Juiz do Supremo Tribunal de Justiça;
- Carlos Enrique Quintero Caves, Vice-presidente do Conselho Nacional Eleitoral;
- Caryslia Beatriz Rodriguez Rodriguez, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça;
- Domingo Antonio Hernández Lárez, Comandante-em-Chefe das Forças Armadas; Nacionais Bolivarianas e Comandante da Região de Defesa Integral Estratégica da Capital;
- Elio Ramon Estrada Paredes, Comandante da Guarda Nacional Bolivariana;
- Fanny Beatriz Márquez Cordero, Vice-Presidente do Supremo Tribunal de Justiça;
- Inocêncio Antonio Figueroa Arizaleta, a Juiz do Supremo Tribunal de Justiça;
- Juan Carlos Hidalgo Pandares, Juiz do Tribunal Supremo de Justiça;
- Lourdes Benicia Suarez Anderson, Juíza do Supremo Tribunal de Justiça;
- Luis Fernando Damiani Bustillos, Juiz do Supremo Tribunal de Justiça;
- Malachi Gil Rodriguez, Juiz do Supremo Tribunal de Justiça;
- Miguel Antonio Munoz Palacios, Diretor Adjunto do Serviço Nacional de Inteligência Bolivariano;
- Rosalba Gil Pacheco, Reitora Titular do Conselho Nacional Eleitoral;
- Tania d'Amelio Cardiet, juíza do Supremo Tribunal de Justiça.
União Europeia condenou "repressão da sociedade civil". A entidade incluiu 15 oficiais do Conselho Eleitoral da Venezuela, juízes e membros de Forças Armadas, sem os nomear ao público. Os sancionados sofrem agora com congelamento de ativos e proibição de fornecimento de fundos ou recursos econômicos, tanto direta quanto indiretamente, aos listados. Além disso, não podem viajar a países-membros da União Europeia.
Canadá diz reconhecer vitória de Edmundo González nas urnas e que sanções são mensagem de respeito a povo venezuelano. Elass têm como alvo 14 atuais e antigos funcionários do governo venezuelano que "se envolveram em atividades que direta ou indiretamente apoiaram violações de direitos humanos na Venezuela".
Desde a eleição do ano passado, Maduro e seus associados continuaram suas ações repressivas na Venezuela. Os Estados Unidos, juntamente com nossos parceiros de mentalidade semelhante, estão solidários com o voto do povo venezuelano para uma nova liderança e rejeitam a alegação fraudulenta de vitória de Maduro. Bradley T. Smith, Subsecretário interino do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira