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SP: Nunes diz que árvores não são culpadas por novos casos de falta de luz

10.ago.2024 - Prefeito Ricardo Nunes (MDB) durante sabatina da Record - Reprodução / YouTube
10.ago.2024 - Prefeito Ricardo Nunes (MDB) durante sabatina da Record Imagem: Reprodução / YouTube
do UOL

Colaboração para o UOL

19/10/2024 18h17

O prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) afirmou que a Prefeitura está "nas ruas" para acompanhar a situação da cidade e dos locais sem luz, mas que os casos de hoje não estão relacionados "à queda de árvores".

O que aconteceu

O prefeito fez mais uma crítica a Enel em uma publicação no X. "Continuo cobrando a Enel para restabelecer a energia nesses locais", escreveu.

No fim da tarde, mais de 57 mil imóveis estavam sem luz em todo o estado, segundo a Enel. Somente na cidade de São Paulo, eram 29.693 clientes. As chuvas perderam força durante a madrugada, segundo a Defesa Civil.

Nunes também criticou o presidente Lula por uma declaração contra ele mais cedo. Em uma live com Guilherme Boulos (PSOL), Lula afirmou que "era obrigação do prefeito ter podado" as árvores. "Não podou porque não olha para cima", completou.

"Fora do padrão para um presidente", afirmou Nunes. "É lamentável que o presidente da República se preste a um papel desse, estando no contrato da Enel que ele pode fazer o decreto de caducidade ou intervenção e não faz para vir aqui fazer um ataque desse", declarou o prefeito após uma missa, segundo a Folha de S.Paulo.

As críticas do presidente seguiram o mesmo tom adotado por Boulos nos últimos dias em relação ao apagão. O psolista tem dito que a queda de energia na cidade tem "um pai e uma mãe", se referindo a Nunes e a Enel, concessionária responsável pela distribuição da luz. "Nós temos 1.492 árvores que poderiam ter sido podadas e que não foram. E é o mínimo que um prefeito pode fazer", afirmou Lula.

O petista também fez apontamentos ao trabalho da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e da agência paulista "que não regula e fiscaliza". Nunes é do MDB, partido aliado do presidente, mas tem o apoio de Tarcísio e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A segunda agência citada por Lula é a Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do estado de São Paulo).

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