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Casais com mulheres que têm um salário mais alto correm "risco maior" de separação

30/09/2024 12h06

Esta é a conclusão de um estudo apresentado nesta segunda-feira (30) pelo Instituto Nacional de Estudos Demográficos (INED) da França, publicado em junho no European Journal of Population.  

Esta é a conclusão de um estudo apresentado nesta segunda-feira (30) pelo Instituto Nacional de Estudos Demográficos (INED) da França, publicado em junho no European Journal of Population.  

"Casais em que a mulher ganha igual ou mais de 55% do que o parceiro são mais instáveis do que os outros", aponta o documento. O "risco de separação é de 11% a 40%" em comparação com casais que têm a mesma renda. Esta é a primeira vez que um estudo parecido é realizado no país.

A pesquisa foi realizada com os dados de uma base de quase um milhão de casais, representativos da população francesa, entre janeiro de 2011 e janeiro de 2017.

Neste contexto, o salário do homem é maior em 49,3% dos casos, 20,5% têm renda igual e em 13,7% a mulher é a principal contribuinte. A renda é inteiramente fornecida pela mulher em dois de cada 100 casais e pelo homem em 14,5% dos lares.

Risco cresce em lares de baixa renda

"O risco de separação aumenta na proporção que cresce a participação da mulher na renda total do casal", mostra o estudo. Ele é observado entre os parceiros casados no civil, que estão em união estável, ou simplesmente morando juntos. O risco é ainda maior nos lares de baixa renda.  

O equilíbrio entre salários não tem a mesma influência em todos os tipos de casal: nas uniões oficiais, a renda mais elevada do homem é considerada como um fator "estabilizador" e menos importante entre os casais que vivem juntos.  

A pesquisa também salienta "o surgimento de um novo equilíbrio igualitário", embora o risco de separação continue sendo "menor entre os casais" em que o salário maior é o do homem.

Para os autores, a maior taxa de separação neste grupo reflete que a mudança das normas sociais ainda enfrenta resistência, "mesmo em países como a França, onde o percentual de mulheres na vida ativa é alto e apoiado por politicas familiares".

Com informações da AFP

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