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Ibovespa mostra indefinição com EUA no radar

05/09/2024 10h18

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista não mostrava um viés definido nesta quinta-feira, com agentes repercutindo dados de emprego dos Estados Unidos mais fracos que o esperado, enquanto aguardam um relatório do mercado de trabalho na sexta-feira considerado crucial para as apostas da próxima decisão do Federal Reserve.

Por volta de 10h40, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,22%, a 136.414,42 pontos, tendo marcado 135.959,32 pontos na mínima e 136.529,02 pontos na máxima até o momento. O volume financeiro somava 1,98 bilhão de reais.

Dados divulgados mais cedo pela empresa ADP mostraram que foram abertas 99.000 vagas de emprego no setor privado norte-americano em agosto, o menor número desde janeiro de 2021, contra 111 mil em julho (dado revisado de 122 mil divulgado anteriormente) e expectativa de 145 mil postos.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego também ficaram abaixo das previsões de economistas, recuando em 5 mil na semana encerrada em 31 de agosto, para 227 mil em dado com ajuste sazonal, ante estimativas de 230 mil pedidos.

Após os dados, o rendimento do título de 10 anos do Tesouro norte-americano marcava 4,0392%, de 4,067% na véspera, enquanto o S&P 500 mostrava acréscimo de 0,06%.

Investidores agora aguardam o amplo relatório do governo sobre o mercado de trabalho, que pode ajudar a definir as apostas sobre a magnitude de um corte de juros tido como certo pelo Federal Reserve neste mês, se de 0,25 ponto percentual ou 0,50 pontos. Atualmente, a taxa está na faixa de 5,25% a 5,50%.

De acordo com o estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves, com mais um dado fraco do mercado de trabalho mostrado pela ADP, houve um aumento das expectativas de corte de 0,5 ponto na decisão que será conhecida no próximo dia 18. "As atenções agora se voltam ao dado de 'payroll'...amanhã."

DESTAQUES

- MRV&CO ON avançava 4,76%, em mais uma sessão de alívio nas taxas futuras de juros, com o índice do setor imobiliário mostrando acréscimo de 0,33%.

- AZUL PN recuava 1,63%. A companhia aérea divulgou no final da quarta-feira que a BlackRock, em nome de alguns de seus clientes, vendeu ações da Azul e agora suas participações representam aproximadamente 4,716% do total das ações preferenciais da empresa.

- BRAVA ENERGIA ON caía 1,26%, após a petroleira, anteriormente conhecida como 3R, divulgar que a produção no campo Papa Terra foi interrompida na quarta-feira por pedido da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de informações sobre sistemas operacionais da plataforma.

- VALE ON tinha variação positiva de 0,72%, mesmo com os futuros do minério de ferro na China recuando pelo quinto pregão seguido. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou o dia com queda de 2,58%, a 678,5 iuanes (95,58 dólares) a tonelada.

- PETROBRAS PN subia 0,34%, em dia de alta dos preços do petróleo no mercado internacional. O barril de Brent, usado como referência pela companhia, avançava 1,06%, a 73,47 dólares.

- ITAÚ UNIBANCO PN registrava decréscimo de 0,21%, enquanto BRADESCO PN mostrava estabilidade. BANCO DO BRASIL ON perdia 0,31% e SANTANDER BRASIL UNIT cedia 0,47%.

- ALLOS ON cedia 0,26%, após anunciar na véspera a segunda expansão do Shopping Campo Grande, em investimento de 216 milhões de reais. O projeto, segundo a companhia, irá impactar 23,7 mil m² de Área Bruta Locável (ABL), incluindo 11,5 mil m² de ABL redesenvolvida e 12,2 mil m² de ABL adicional.

- REDE D'OR ON avançava 0,57%, tendo de pano de fundo relatório da agência de classificação de risco S&P Global Ratings elevando a nota do grupo de saúde para "BB+" ante "BB".

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